
“Houve preju�zo para toda a sociedade”, concluiu Vander Costa, presidente da Federa��o das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg). A entidade calculou que, em m�dia, cada quil�metro com ve�culos de cargas parados representou uma perda di�ria de R$ 50 mil a R$ 100 mil �s transportadoras. “Se fila �nica, R$ 50 mil. Se dupla, R$ 100 mil. Cada caminh�o tem um custo di�rio em torno de R$ 1 mil. Cada quil�metro, em m�dia, comporta 50 caminh�es numa fila”, explicou Vander.
Ele descarta, contudo, aumento no custo do frete. As barreiras organizadas por caminhoneiros afetaram o abastecimento na Ceasa Minas. Como os produtores de batata podem atrasar a colheita, eles optaram por colher o produto depois do fim da paralisa��o. � importante lembrar que boa parte desse alimento vem do Sul de Minas e que a Rodovia Fern�o Dias (BR-381), onde h� v�rias barreiras, � o principal caminho at� a Ceasa.
“Com receio de os caminh�es de batata ficarem parados na estrada, os produtores atrasaram a colheita. Dessa forma, comparando com a quarta-feira da semana passada, houve queda de 20% na oferta do alimento, de 725 toneladas para 580 toneladas. O pre�o, por sua vez, subiu 29%”, esclareceu o chefe do departamento T�cnico da Ceasa Minas, Wilson Guide. Ele acredita que o pre�o ser� normalizado amanh�. Outros hortifrutigranjeiros tamb�m tiveram varia��es no entreposto.
Ao todo, a oferta de produtos na Ceasa caiu 13,4%. O pre�o m�dio aumentou 17,6%. Apesar disso, Wilson argumenta que, com exce��o da batata, n�o se pode atribuir exclusivamente � greve dos caminhoneiros a alta do pre�o m�dio e a queda no volume de alimentos. “A paralisa��o � um dos componentes, mas n�o o �nico. Temos de lembrar que, na compara��o com a semana passada, o movimento (de ontem) foi maior, porque � in�cio de m�s e muita gente recebeu o sal�rio. Tamb�m porque alguns produtos sofreram interfer�ncias do tempo, que est� mais frio”.
Desabastecimento
O sindicato que representa os postos de combust�veis no estado, o Minaspetro, informou, que no interior, muitos postos est�o com as bombas vazias desde ter�a-feira. � o caso do Profetas, em Congonhas, onde o dono, Vagner Xavier, esperou um carregamento na ter�a e outro na quarta. Nenhum chegou. “Estou sem diesel e gasolina desde ter�a. Em m�dia, vendo cerca de 15 mil litros por dia. Outros postos da regi�o est�o na mesma situa��o”, lamentou o comerciante. J� a Fiat Autom�veis, que nos �ltimos dois dias foi for�ada “a uma parada t�cnica parcial devido aos problemas no fornecimento de componentes e autope�as”, informou que “retoma, hoje, o fluxo normal de produ��o”.