O governo caiu na real. Os minist�rios do Planejamento e da Fazenda est�o prontos para revisar o crescimento do ano para baixo. O Produto Interno Bruto (PIB) de 2013, segundo t�cnicos da equipe econ�mica, deve ser inferior a 3%, mais pr�ximo dos n�meros do Banco Central – uma expans�o de 2,7%. O c�lculo ainda n�o est� terminado, mas devido a essa corre��o, e a expectativa menor de receitas, o decreto de contingenciamento que ser� publicado at� a pr�xima quinta-feira trar� um aperto fiscal extra menor que o esperado. O arrocho nas contas p�blicas ficar� abaixo dos R$ 15 bilh�es.
O esfor�o do governo para cortar gastos visa convencer o BC a um aperto menor nos juros b�sicos (Selic). Atualmente, em 8% ao ano, a taxa, segundo previs�es de especialistas, pode chegar a 10% at� o fim de 2013. O Pal�cio do Planalto e o Minist�rio da Fazenda querem minimizar o impacto desse aperto monet�rio na economia e evitar uma desacelera��o ainda mais forte no pa�s. Essa economia de recursos vem ainda no sentido de ancorar expectativas no mercado financeiro e recuperar a credibilidade da gest�o econ�mica.
Hoje, quando for divulgado o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, a infla��o em 12 meses dever� ficar novamente acima da meta, superior a 6,5%. Essa situa��o deixa ainda o governo em alerta e o coloca na mira de cr�ticas de economistas do setor privado e da popula��o. A boa not�cia, por�m, � que o indicador no m�s apresentar� varia��o inferior � observada em maio. A previs�o do mercado � de que a carestia de junho fique entre 0,33% e 0,35% – ante 0,37% no m�s anterior.
“A quest�o fiscal � muito importante. Pode dar alguma ajuda, mas o que se viu at� o momento � um posicionamento expansionista. A expectativa � que na pr�xima semana, com a divulga��o do decreto de contingenciamento, haja um maior alinhamento dessas pol�ticas monet�ria e fiscal”, ponderou Guilherme Maia, economista da Votorantim Corretora.
CNI A Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) revisou as proje��es para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, que recuou de 3,2%, em abril, para 2%. A previs�o para a produ��o do setor recuou de 2,6% para 1%.