O governo federal vai anunciar nos pr�ximos dias um corte de R$ 12 bilh�es nas despesas previstas no Or�amento deste ano. As contas da equipe econ�mica sobre os gastos que podem ser bloqueados est�o praticamente prontas, e os t�cnicos na segunda-feira, 08, corriam contra o rel�gio - a estrat�gia era anunciar o corte at� quarta-feira, 10, de forma a se antecipar ao Banco Central (BC), que deve elevar novamente a taxa b�sica de juros.
Na segunda o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o secret�rio do Tesouro Nacional, Arno Augustin, se reuniram no Pal�cio do Planalto por mais de uma hora com a ministra-chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann, e t�cnicos do Minist�rio do Planejamento, para “acertarem os ponteiros” quanto ao corte, segundo afirmou uma fonte a par das discuss�es.
O novo bloqueio de despesas do Or�amento ser� acompanhado pela redu��o oficial da estimativa de avan�o do PIB neste ano, de 3 5% para 3%. Segundo apurou o jornal O Estado de S.Paulo, o governo vai “vender” a ideia de que o corte de aproximadamente R$ 12 bilh�es vai adequar os gastos a uma realidade menos otimista de arrecada��o, por conta de um ritmo de crescimento mais lento, e tamb�m porque o governo deseja assegurar que o “pacto” pela responsabilidade fiscal, anunciado pela presidente Dilma Rousseff, ser� cumprido.
Os principais alvos dos cortes ser�o os gastos com pessoal e encargos, emendas parlamentares e despesas com passagens a�reas e seguro-desemprego. Os t�cnicos avaliam ser poss�vel contingenciar cerca de R$ 5 bilh�es em emendas dos congressistas outro R$ 1 bilh�o pode ser retido com uma restri��o ainda maior em despesas com passagens, celulares e outros. O restante ser� obtido com um aperto na concess�o do seguro-desemprego e no freio na contrata��o de servidores em 2013.
A ordem � atingir, a todo custo, a meta fiscal de R$ 110,9 bilh�es, ou 2,3% do PIB neste ano. A meta foi decidida por Dilma e Mantega pouco antes das manifesta��es populares que tomaram as ruas do Pa�s em junho.