Treze navios deixaram de ser descarregados nesta quarta-feira no Porto de Santos em raz�o da paralisa��o dos estivadores do primeiro turno de trabalho (das 7h �s 13h), segundo a Companhia Docas do Estado de S�o Paulo (Codesp). O trabalho foi retomado no turno que come�ou �s 13h.
A Codesp informou que 22 navios que t�m opera��es mecanizadas foram descarregados normalmente. � o caso, por exemplo, do carregamento de �lcool e derivados de petr�leo, que utilizam tubula��es, e de gr�os, como milho, trigo e soja, que s�o operados por esteiras.
O movimento, organizado pelo Sindicato dos Estivadores de Santos, S�o Vicente, Guaruj� e Cubat�o, reivindica que a Empresa Brasileira de Terminais Portu�rios (Embraport) volte a contratar os trabalhadores por produ��o, por meio do �rg�o Gestor de M�o de Obra (Ogmo), e n�o com v�nculo empregat�cio.
De acordo com C�sar Rodrigues Alves, primeiro-secret�rio do sindicato, cerca de 500 trabalhadores aderiram ao movimento. O sindicalista explica que eles preferem atuar de maneira avulsa porque ganham por produ��o e podem atuar em diferentes empresas.
"A Embraport come�ou a operar agora e havia um acordo de que eles seguiriam o regime de contrata��o que j� � comum aqui, por meio do Ogmo, mas eles n�o est�o cumprindo", explicou. Alves informou que haver� uma reuni�o na pr�xima sexta-feira (12) com a empresa, mas eles decidiram manter a paralisa��o para pressionar a negocia��o.
A Embraport informou, por meio de nota, que a contrata��o de m�o de obra pela Consolida��o das Leis do Trabalho (CLT) cumpre o que determina a nova Lei dos Portos. "� o regime que d� mais seguran�a e garantias ao trabalhador", apontou. Destacou ainda que, ao anunciar as vagas dispon�veis para estivadores, est� dando prefer�ncia aos que s�o cadastrados no Ogmo. Segundo a empresa, at� o momento, 13 trabalhadores foram contratados pelo regime celetista e 20 est�o em processo seletivo.
Para o diretor do sindicato, a mudan�a gera um "caos social na regi�o", porque n�o existe, entre os profissionais do porto, uma cultura de v�nculo empregat�cio. "Trocar um rendimento de at� R$ 4 mil por cerca de R$ 1 mil n�o � vantagem. At� poder�amos mudar para um regime de CLT, mas isso teria que ser dialogado durante um per�odo com os sindicatos, para acertar sal�rio, participa��o nos lucros, todas as garantias. Da forma que est�o fazendo, n�o d�", criticou.
Um novo protesto est� marcado para amanh� (11) no Porto de Santos, inclusive com a ades�o de outras categorias. Eles participam do Dia Nacional de Luta, que contar� com o envolvimento de diversas categorias em todo o pa�s. Alves informou que a paralisa��o, inicialmente, ocorre somente no turno das 7h �s 13h.