O grupo Alimenta��o fez desacelerar a infla��o na primeira quadrissemana do m�s na cidade de S�o Paulo. A avalia��o � do coordenador do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe), Rafael Costa Lima. A retra��o de 0,44% na classe de despesa de alimentos � a maior desde igual leitura de mar�o do ano passado, quando houve queda de 0,63%. O IPC, por sua vez, ficou em 0,16%, contra 0,32% no fechamento de junho. "Houve (queda) em v�rios itens do grupo", afirmou.
O item Transporte coletivo mostrou eleva��o de 2,15% na primeira medi��o deste m�s, de 4,86% anteriormente. O item �nibus avan�ou 2,28%, bem abaixo dos 5,09% na leitura passada, quando havia captado o reajuste nas tarifas autorizado no fim de maio, mas cancelado no final de junho. De acordo com a Fipe, se os grupos Transportes e Alimenta��o tivessem apresentado varia��o zero no come�o de julho, o IPC-Fipe seria de 0,24%, e n�o de 0,16%.
Costa Lima observou que todos os subgrupos de Alimenta��o tiveram resultados mais comportados entre a quarta medi��o de junho e primeira de julho. Os pre�os dos alimentos industrializados sa�ram de eleva��o de 0,08% para recuo de 0,02%, puxados pelo aumento menor dos derivados do leite (de 1,00% para 0,59%) e pela queda mais forte dos derivados da carne (de -1,15% para -1,43%). "Imagin�vamos que os industrializados fossem seguir em acelera��o leve, mas reverteram (a alta)", avaliou, destacando a queda de 1,71% no pre�o da lingui�a, frente a decl�nio de 2,17% no t�rmino de junho. Segundo ele, os panificados (de -0,03% ante alta de 0,33%) tamb�m ajudaram no resultado favor�vel.
"As carnes bovinas, que estavam subindo, tamb�m ca�ram. H� informa��o de que o varejo estava com dificuldade para vender. O mesmo problema acontece com os derivados (da carne)", declarou. De acordo com a Fipe, as carnes bovinas tiveram varia��o negativa de 0,21% na compara��o com eleva��o de 0,47% no t�rmino de junho.
Al�m da queda nos pre�os das carnes bovinas, a defla��o maior nos cereais (de 3,27% ante 1,40%) permitiu o retorno dos pre�os semielaborados ao campo negativo, com retra��o de 0,56% (de alta de 0,15%), segundo o economista da Fipe. "Acentuaram a queda muito por conta do feij�o (de -1,59% para -5,06%) e do arroz (de 1,04% para -2,09%), que t�m peso importante." Para Costa Lima, os pre�os devem continuar cedendo, especialmente o do feij�o, que acumula alta de 38,02% at� junho.
Os consumidores paulistanos tamb�m gastaram menos na hora de comprar produtos in natura, que intensificaram a baixa entre a quarta e a primeira quadrissemana do m�s (de -1,69% para -2,66%). "As frutas que estavam subindo, agora passaram a cair", disse, ao se referir � retra��o de 1,10% no pre�o das frutas, ap�s aumento de 0,11% no fechamento do m�s passado.
Os legumes tamb�m ficaram mais baratos na primeira quadrissemana de julho. O tomate continuou na lista das maiores baixas no IPC, ao baixar 14,14%, depois de recuar 1,37% no per�odo anterior. O pre�o da cenoura tamb�m diminuiu mais, ao sair de defla��o de 23,73% para 24,91% na primeira medi��o do m�s. "Tradicionalmente os produtos in natura caem em abril e em maio. Neste ano, subiram mais que o normal. Embora tardiamente, aparentemente os pre�os est�o se reequilibrando", explicou.
Com os pre�os da maioria dos alimentos cedendo no varejo, o consumidor tamb�m gastou menos na hora de fazer a refei��o fora de casa. O subgrupo Alimenta��o fora do Domic�lio ainda ficou no terreno positivo (0,78%) na primeira leitura de julho, mas reduziu a intensidade da alta sobre o fechamento de junho (0,86%).