O ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) para a ind�stria caiu 47% neste ano. Entre janeiro e maio, o setor recebeu US$ 5,8 bilh�es, abaixo dos US$ 10,9 bilh�es no mesmo per�odo de 2012. Os dados s�o do Banco Central e foram compilados pela Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e Globaliza��o Econ�mica (Sobeet).
A queda dos recursos para a ind�stria supera o recuo total de IED para a economia brasileira, que caiu 23% no mesmo per�odo, de US$ 21,7 bilh�es para US$ 16,7 bilh�es. O setor de servi�os foi o �nico a apresentar crescimento no per�odo, alta de 6% (de US$ 7,5 bilh�es para US$ 8 bilh�es). A agropecu�ria teve queda de 7% (de US$ 3 bilh�es para US$ 2,8 bilh�es).
“Estamos surfando numa onda negativa de investimento para o setor industrial no mundo e o Brasil n�o � uma exce��o. H� v�rios fatores contra n�s, como perda de dinamismo, redu��o do consumo e da renda real por causa da infla��o mais alta”, afirmou Lu�s Afonso Lima, presidente da Sobeet. As principais quedas na ind�stria s�o verificadas nos setores de m�quinas, aparelhos e materiais el�tricos (-79%), metalurgia (-75%) e produtos qu�micos (-55%).
A ind�stria tamb�m vem perdendo participa��o do IED. At� maio, 35% dos investimentos fora para o setor - � o n�mero mais baixo desde 2008, quando a fatia industrial foi de 32%.
Com um cen�rio internacional menos amig�vel, ficou evidente a perda de competitividade da ind�stria brasileira, com um encarecimento da produ��o. Isso ajuda a afastar novos investimentos e abre caminho para a importa��o.
“Essa rela��o deve mudar com o real mais desvalorizado este ano. A competitividade melhora, mas, para o consumidor, o mercado vai diminuir de tamanho”, disse Jos� Ricardo Roriz Coelho, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp. “Para a ind�stria, a alta do d�lar pode trazer mais impactos positivos do que negativos.”
Concess�es podem reanimar investidores
As concess�es previstas pelo governo podem melhorar o �nimo dos investidores. Para Fl�vio Castelo Branco, gerente executivo de pol�tica econ�mica da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), no curto prazo, as concess�es podem trazer um �nimo para a cadeia produtiva, e, no m�dio prazo, s�o indispens�veis para reduzir os gargalos da log�stica brasileira. “As concess�es podem gerar um ambiente de encorajamento e confian�a do setor", disse.