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Estado de Minas PARA LUCRAR MAIS

Empregados s�o a for�a interna que move as empresas

Pesquisa mostra que empregados de m�dias e grandes organiza��es podem ser pontos de destaque para o neg�cio dar certo. Mas falta investimento no empreendedorismo corporativo


postado em 28/07/2013 06:00 / atualizado em 28/07/2013 07:35

Alexandre Castro desenvolveu testes que medem a inovação de funcionários(foto: Jair Amaral/EM//DA Press)
Alexandre Castro desenvolveu testes que medem a inova��o de funcion�rios (foto: Jair Amaral/EM//DA Press)
H� 10 dias, o professor e empres�rio Alexandre de Ara�jo Castro, de 51 anos, conquistou, no Panam�, o primeiro lugar do Pr�mio Internacional da Federa��o Interamericana de Associa��es Profissionais para a Gest�o Humana (Fidagh) pela disserta��o “Um modelo de avalia��o dos antecedentes do empreendedorismo corporativo”, defendida no curso de mestrado em administra��o da PUC Minas. O estudo trata de um m�todo criado por Castro para diagnosticar os pontos fortes e aqueles a serem desenvolvidos tanto pelas empresas quanto por seus funcion�rios em rela��o ao intraempreendedorismo, termo que define as iniciativas empreendedoras dos empregados de m�dias e grandes organiza��es privadas e p�blicas.

Para concluir a disserta��o, o professor aplicou testes em mais de 500 funcion�rios de organiza��es p�blicas e privadas. O levantamento mostrou que as organiza��es particulares conseguiram pontua��es m�dias acima das registradas nas controladas pelos governos. Conclus�o: “Os resultados sugerem que o desafio para desenvolver o intraempreendedorismo em grandes organiza��es p�blicas � ainda maior. Essa identifica��o dos pontos a serem trabalhados nos indiv�duos e nos fatores organizacionais pode contribuir para adotar medidas mais efetivas para enfrentar esse desafio”.

Mas a disserta��o deixa claro tamb�m que as organiza��es particulares ainda t�m muito o que fazer para desenvolver o intraempreendedorismo. “As empresas precisam inovar por quest�o de sobreviv�ncia. A inova��o passa a ser uma atribui��o de todas as pessoas dentro de uma organiza��o. Como isso ocorre? Por meio do empreendedorismo corporativo ou intraempreendedorismo. Para que isso ocorra, s�o necess�rios indiv�duos com comportamento empreendedor e um ambiente que favore�a essas iniciativas (no local de trabalho)”, explicou Castro, que � s�cio da House Consultoria & Gest�o.

Ele aplicou dois testes nos mais de 500 colaboradores. O primeiro, criado por estudiosos americanos e denominado Corporate Entrepreneurship Assessement Intrument (Ceai), mede a percep��o dos empregados sobre os est�mulos das organiza��es para suas iniciativas empreendedoras. O teste leva em conta cinco vari�veis. Dessas, apenas uma obteve nota superior a tr�s, numa escala de zero a cinco. O primeiro indicador, suporte gerencial, obteve 2,59. O segundo quesito, recompensa/refor�o, que se refere ao reconhecimento aos empregados que inovam, teve pontua��o 2,78. A vari�vel autonomia, que significa menos burocracia em favor de decis�es a serem tomadas pelos colaboradores, obteve nota 2,96.

J� disponibilidade de tempo, indicador que mede o quanto uma organiza��o libera seu empregado para iniciativas empreendedoras, obteve pontua��o 2,78. Apenas a vari�vel clareza de pap�is, que significa o quanto as empresas e os empregados sabem sobre suas atribui��es, teve nota 3,49. “Numa escala de zero a cinco, estamos em n�veis inadequados. Por qu�? Porque o empreendedorismo corporativo ainda � algo novo para nossas organiza��es. E os modelos de gest�o, em grande parte das empresas, � obsoleto", concluiu Castro em rela��o ao primeiro teste.



M�DIA RUIM O segundo teste, chamado de Global Leaders, foi criado pelo pr�prio Castro. Ele leva em conta 11 indicadores, cujas pontua��es oscilam de zero a 25, e trata do perfil empreendedor dos colaboradores. Nenhuma dessas vari�veis atingiu, na m�dia, 20 pontos. A nota com m�dia mais baixa (12,99) foi no quesito “busca de oportunidades e iniciativa”. Outra nota baixa, comparada com as demais, foi a do indicador “correr riscos moderados” (13,22). Por sua vez, a mais alta foi a vari�vel “comprometimento” (18,72).

O m�todo criado por Castro permite identificar uma correla��o entre os dois testes. “As correla��es mais significativas encontradas entre os dois testes foram entre (as vari�veis) recompensa/refor�o e melhoria de qualidade e efici�ncia e entre disponibilidade de tempo e busca de informa��es. H� uma tend�ncia de que quanto maior a percep��o de reconhecimento por parte da empresa, mais os indiv�duos praticam a melhoria de qualidade e efici�ncia. Da mesma forma, quanto maior a disponibilidade de tempo, mais os colaboradores praticam a de busca de informa��es”, continuou o autor.

At� ent�o n�o havia um modelo de avalia��o ou pesquisa emp�rica que identificasse o n�vel de presen�a dos antecedentes do intraempreendedorismo numa organiza��o por meio da avalia��o desses dois fatores (indiv�duos e organiza��o) simultaneamente. O modelo criado pelo professor, que � educador convidado da Funda��o Dom Cabral (FDC), identifica os pontos fracos e permite definir treinamentos e a��es espec�ficos para melhorar o empreendedorismo dos empregados. Da mesma forma, permite tra�ar estrat�gias adequadas para tornar o ambiente na empresa mais prop�cio ao intraempreendedorismo.

Castro, que h� 18 anos aplica treinamentos para desenvolver comportamentos empreendedores e intraempreendedorismo, conclui: “O empreendedorismo corporativo, al�m de ser um novo imperativo, � um processo acess�vel para ajudar organiza��es a obter vantagem competitiva, vencer os novos desafios e aproveitar as oportunidades dos dias atuais”.


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