A realidade cambial mudou e, por isso, n�o fez sentido manter a eleva��o do Imposto de Importa��o (II) para 100 produtos que foram colocados na lista de exce��o � Tarifa Externa Comum (TEC). A declara��o foi feita � imprensa nesta quinta-feira, 01, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao comentar a redu��o da al�quota do imposto.
Ele informou que as al�quotas retornaram de uma tarifa m�dia de 25% para algo em torno de 8% a 12%. "� uma redu��o, em m�dia, de 10 a 15 pontos porcentuais nas tarifas que s�o hoje praticadas", declarou Mantega.
A redu��o das al�quotas entra em vigor em outubro, porque a lista tem validade at� o fim de setembro. A medida poderia ser renovada por 12 meses, mas o governo decidiu n�o usar o prazo. Mantega anunciou que o governo desistiu de fazer uma segunda lista, tamb�m com 100 itens, para elevar o Imposto de Importa��o.
O ministro destacou que os produtos listados s�o fundamentalmente insumos para a ind�stria de eletroeletr�nicos, automobil�stica e outras. "A partir desta data, estes produtos ter�o queda de pre�o e haver� aumento da competi��o no mercado desses insumos de forma a evitar aumento de pre�os", afirmou. "A tend�ncia � que haja redu��o dos pre�os. A medida � desinflacion�ria. As ind�strias que produzem no Brasil ter�o que baixar pre�o ou haver� a concorr�ncia internacional", completou.
Mantega disse que a expectativa do governo, quando criou a lista, era dar tempo para que a ind�stria se fortalecesse em rela��o aos concorrentes. Ele lembrou que nesse per�odo o governo tomou v�rias medidas que fortaleceu a ind�stria para enfrentar uma concorr�ncia maior, como desonera��o de folha, linha de financiamento (PSI) do BNDES que reduziu taxas de juros para investimentos, reduziu PIS e Cofins para a ind�stria qu�mica.
Para Mantega, a volatilidade no mercado cambial seguir� at� que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) comece a desativar os est�mulos dados � economia do pa�s. Segundo ele, a volatilidade nos �ltimos dias tem rela��o com os an�ncios do Fed de mudan�a na pol�tica de est�mulos.
Mantega disse que ainda n�o sabe avaliar se houve uma mudan�a definitiva no patamar do c�mbio. "H� um m�s e meio o d�lar est� acima do patamar anterior, mas n�o sei se vai voltar ao n�vel anterior", afirmou. Nesta semana, em movimento cont�nuo de valoriza��o, a moeda norte-americana rompeu a barreira de R$ 2,30 e retomou patamar de cota��o visto em mar�o de 2009.
