A Federa��o Nacional da Distribui��o de Ve�culos Automotores (Fenabrave) revisou para baixo a previs�o de crescimento das vendas de ve�culos - carros, comerciais leves, caminh�es e �nibus - em 2013 em raz�o da queda do Produto Interno Bruto (PIB). A entidade esperava um avan�o de 2,6% no ano sobre 2012 e agora espera apenas 1%. "O PIB de 3% foi revisto para 2% e nossa atividade � extremamente ligada ao crescimento da economia. E quando o PIB � abaixo de 3%, o mercado anda de lado", disse o presidente da entidade Flavio Meneghetti.
Segundo ele, o ano passado foi "at�pico", j� que o PIB cresceu apenas 0,9% e as vendas avan�aram 7%, por conta do acordo que reduziu o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). "Isso reverteu a queda de 4% at� maio de 2012 para alta de 7% e acabamos puxando at� os n�meros globais da ind�stria", avaliou o executivo. Para 2013, as vendas de ve�culos devem crescer 1,53%, para 3,6 milh�es de unidades, ante uma previs�o inicial de 2,95%. "Ainda � respeit�vel, o n�mero segue dentro da realidade", completou.
A Fenabrave trabalha com a perspectiva de que as vendas acumuladas de 2013 at� agosto possam apresentar resultado negativo ante o acumulado dos oito primeiros meses de 2012, mas que haver� uma revers�o no cen�rio nos �ltimos meses deste ano. "Agosto de 2012 foi o recorde hist�rico de vendas, com 405 mil unidades, e n�o chegaremos a esse n�mero este ano. Mas temos informa��es seguras de que o governo vai voltar o IPI em janeiro para os porcentuais anteriores � redu��o, raz�o pela qual teremos um impulso nas vendas no final deste ano", disse Meneghetti.
As vendas de 323.916 unidades de autos e comercias leves em julho foram puxadas "fundamentalmente pelos financiamentos de bancos das montadoras", com promo��es de at� 36 meses sem juros e 50% de entrada para a aquisi��o de ve�culos, informou o executivo.
Os estoques m�dios de autos e comerciais leves na rede de concession�rias ficou entre 45 e 48 dias de vendas em junho e atingiram "um n�vel preocupante", de acordo com Meneghetti. Segundo ele, os estoques ideais nas concession�rias teriam de ser o suficiente para suprir entre 25 e 30 dias de vendas desses ve�culos.
Algumas lojas relataram estoques acima de 50 dias e os estoques m�dios chegaram at� mesmo acima dos cerca de 40 dias registrados no ano passado, quando o governo reduziu o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para incentivar as vendas. No entanto, ao contr�rio de 2012, o cen�rio nas lojas � de vendas altas e o impacto no crescimento dos estoques vem do setor produtivo.
De acordo com Meneghetti, a sa�da para reduzir os estoques foi a negocia��o com as montadoras para diminu�rem o ritmo de produ��o de ve�culos. "A ind�stria vinha trabalhando em sistema full power, mas j� reduziu horas extras e trabalhos aos s�bados e esperamos que, em 60 dias, os estoques voltem aos n�veis ideais", afirmou Meneghetti.
O executivo voltou a criticar as depreda��es de concession�rias nas manifesta��es recentes e classificou os protestos recentes como atos de vandalismo. "Isso nos assusta, pois � banditismo. S�o pessoas mascaradas e �s vezes a pr�pria pol�cia n�o consegue agir", concluiu.