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Estado de Minas

N�mero de turistas estrangeiros pode ter queda na Copa e nas Olimp�adas

Especialistas acreditam que visitantes internacionais v�o evitar destinos com grande n�mero de pessoas


postado em 03/08/2013 15:22

O sucesso tur�stico da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que atraiu 2 milh�es de visitantes e injetou R$ 1,2 bilh�o na economia do Rio de Janeiro, dificilmente deve se repetir nos dois pr�ximos grandes eventos que ocorrer�o no pa�s, segundo especialistas ouvidos pela Ag�ncia Brasil. O n�mero de visitantes estrangeiros nas principais cidades tur�sticas do pa�s deve registrar queda, na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimp�adas de 2016, em rela��o a anos normais. A retra��o � esperada porque os megaeventos esportivos atraem p�blico espec�fico. O visitante normal, defendem eles, desiste de viajar para evitar pre�os altos e escapar da movimenta��o.

“Os grandes eventos s�o marcados pela intera��o de dois efeitos opostos. Por um lado, atraem um tipo determinado de turista. S� que simultaneamente afastam o turista regular, que quer fugir da confus�o, da alta generalizada de pre�os e da piora na qualidade dos servi�os”, diz o vice-presidente de Assuntos Internacionais da Associa��o Brasileira de Ag�ncias de Viagens (Abav), Leonel Rossi.

Ele lembra que essa situa��o ocorreu nas Olimp�adas de Londres, no ano passado. De acordo com a prefeitura da capital brit�nica, 900 mil turistas passaram pela cidade durante os jogos, dos quais 300 mil estrangeiros e 600 mil brit�nicos. Considerando apenas os visitantes internacionais, a queda chega a 75% em rela��o a 2010, quando 1,2 milh�o de turistas de outros pa�ses visitaram a cidade por m�s.

O vice-presidente da Abav acredita que o cen�rio deve se repetir na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimp�adas de 2016. Ele, no entanto, acredita que a queda no volume de turistas estrangeiros no pa�s ser� menor e variar� de 20% a 30% em rela��o a um ano normal. “A queda deve ser menor porque muitos turistas latino-americanos v�o aproveitar a dist�ncia menor para visitar o Brasil durante esses eventos. J� temos informa��es de que haver� uma grande quantidade de mexicanos no Brasil durante a Copa”, ressalta.

Gerente financeiro do Servi�o de Prote��o ao Cr�dito (SPC Brasil), Fl�vio Borges tamb�m considera bastante prov�vel a queda no total de visitantes estrangeiros no pa�s durante a Copa e os Jogos Ol�mpicos. “Um evento de grande porte est� longe de ser garantia de sucesso em n�mero de viajantes. As experi�ncias recentes mostram que isso ocorre principalmente nas cidades que costumam atrair grande quantidade de turistas, como Rio, e eventos de neg�cios, como S�o Paulo.”

Vinculado � C�mara Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o SPC Brasil divulgou recentemente uma pesquisa sobre a Copa das Confedera��es. Segundo o levantamento, 85% dos torcedores que foram aos est�dios moravam no mesmo estado das partidas. Os entrevistados ficaram divididos em rela��o � possibilidade de o tipo de p�blico mudar na Copa do Mundo, com redu��o de torcedores locais: 52% disseram que sim; 48%, n�o.

Apesar das d�vidas sobre a capacidade de atra��o de turistas, o gerente financeiro do SPC Brasil diz que uma eventual diminui��o no n�mero de visitantes estrangeiros n�o deve servir de des�nimo para o com�rcio e o turismo. Para ele, os benef�cios sobre a economia brasileira s� dever�o ser sentidos ap�s os eventos, desde que o pa�s consiga projetar positivamente a imagem no exterior.

“O n�mero de turistas estrangeiros na �frica do Sul caiu na Copa do Mundo, mas subiu nos anos seguintes porque o pa�s se beneficiou da divulga��o e entrou na rota do turismo internacional. A Copa pode deixar esse legado para o Brasil, mas o pa�s precisa conduzir bem o evento e os comerciantes e prestadores de servi�os precisam se preparar”, aconselha.

Sobre a inje��o de dinheiro proporcionada pela JMJ, Borges diz que o sucesso econ�mico do evento s� ocorreu por causa do n�mero elevado de turistas que chegaram ao Rio atra�dos pelo carisma do papa Francisco. “Os peregrinos s�o um tipo diferenciado de turista, que fica hospedado em resid�ncias e gasta praticamente tudo em alimenta��o. N�o tem como comparar a JMJ, que tem o apelo de um l�der religioso, a eventos esportivos.”


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