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Estado de Minas

Trajet�ria da 1� empresa X de Eike, TVX Gold, � pouco conhecida


postado em 04/08/2013 10:43 / atualizado em 04/08/2013 12:59

“Quem n�o pode se lembrar do passado est� condenado a repeti-lo.” A frase do fil�sofo espanhol George Santayana � desgastada, mas ajuda a explicar os atuais dissabores do empres�rio Eike Batista com o Grupo EBX. Nos anos 80 e 90, Eike viveu a ascens�o e a queda de outro neg�cio: a empresa TVX Gold, listada nas Bolsas de Toronto, no Canad�, e de Nova York, nos Estados Unidos.

Como principal acionista e presidente executivo da empresa desde a sua cria��o, em 1985, Eike transformou a TVX numa das dez maiores empresas de ouro do mundo. Captou milh�es de d�lares para projetos que nem sempre vingaram e vendeu a empresa em 2001 por uma fra��o do que chegou a valer, para a Kinross, mineradora tamb�m canadense.

No auge, as a��es da TVX foram negociadas por incr�veis US$ 722. Pouco antes da venda, eram cotadas a m�seros US$ 0,27. “Com a EBX, Eike repetiu exatamente os mesmos erros cometidos na TVX”, afirma Terence Ortslan, diretor-geral da TSO & Associates, de Toronto, empresa de pesquisa e an�lise nos setores de ouro, minera��o e fertilizantes.

Essa parte da trajet�ria do empres�rio � pouco conhecida no Brasil n�o s� pelo tempo que se passou, mas porque teve como principal cen�rio o Canad�. Dono de importantes reservas de ur�nio, zinco, n�quel, petr�leo, g�s e carv�o, o pa�s possui uma estrutura sofisticada para extrair riquezas do solo e multiplicar seus ganhos e benef�cios. O Canad� tem at� a sua Wall Street: a Bay Street, onde se concentra a elite financeira e a Bolsa de Toronto, refer�ncia na capta��o de recursos para a minera��o em escala global.


Os profissionais com mais estrada nesse efervescente ambiente n�o esquecem uma derrapagem no setor. Muitos ainda t�m o p� atr�s com Eike. “H� bancos internacionais que n�o investiram na EBX porque se lembram do que ocorreu na TVX”, diz um executivo de um banco internacional que n�o quer ser identificado.

A hist�ria no Canad� h� mais de dez anos tem muitas semelhan�as com o que se viu no Brasil recentemente. Em 1995, Eike empreendeu um projeto de expans�o que pretendia colocar a TVX entre as seis maiores mineradoras das Am�ricas em pouco menos de quatro anos. Anunciou US$ 480 milh�es em investimentos na Europa Canad�, Estados Unidos, Peru e Equador.

Como tinha em caixa apenas US$ 120 milh�es, precisava do mercado para cumprir metas t�o apertadas. Numa entrevista, em maio de 1995, ao extinto jornal Gazeta Mercantil, Eike afirmou que, gra�as � reputa��o da TVX, seria poss�vel levantar mais US$ 400 milh�es com investidores. Na �poca, a TVX valia US$ 1,2 bilh�o na bolsa, mas o empres�rio sugeria que o valor da companhia poderia chegar a US$ 3 bilh�es em 1998, quando a expans�o estivesse a todo o vapor.

Assim como na petrol�fera OGX e na mineradora MMX, Eike angariou somas astron�micas e valorizou a TVX com base em expectativas de produ��o. Em 1996, a a��o da empresa atingiu o �pice de US$ 722, o triplo de tr�s anos antes. Com mais de 30 anos de experi�ncia no setor de commodities, John Ing, presidente da empresa de an�lise Maison Placements, de Toronto, ainda se lembra do encantamento despertado por Eike. “Ele � um vendedor nato: dizia aos investidores exatamente o que eles queriam ouvir.”


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