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Estado de Minas

Infla��o d� tr�gua, mas d�lar come�a a pressionar


postado em 06/08/2013 09:01 / atualizado em 06/08/2013 09:34

Os produtos importados come�am a subir de pre�o por conta da forte desvaloriza��o do real. Na segunda-feira, a moeda norte-americana avan�ou 0,92% e fechou o dia cotada a R$ 2,30. Somente neste ano, o d�lar subiu 12,47%. O �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC), medido pela Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe), registrou uma alta de 2,20% no pre�o do televisor em julho na cidade de S�o Paulo. No mesmo per�odo, a infla��o do notebook foi de 0,47%, e a do microcomputador de 0,27%. O setor de eletroeletr�nicos � grande importador.

“Inicialmente, o c�mbio subiu para um patamar entre R$ 2,10 e R$ 2,15. E, agora, h� mais um ciclo de alta. Essa alta no pre�o dos produtos pode ser reflexo do in�cio dessa desvaloriza��o”, afirmou Rafael Costa Lima, coordenador do IPC. Segundo ele, atualmente, o repasse de pre�os est� mais r�pido do que em outros momentos de eleva��o do d�lar. Isso pode ocorrer porque as empresas est�o com pouca margem e, por isso, t�m de repassar ao consumidor a alta de custo com importados.

Por enquanto, por�m, a press�o do c�mbio � limitada. A alta do d�lar n�o deve elevar os �ndices de infla��o de julho. O pr�prio IPC teve desvaloriza��o de 0,13% no m�s passado, depois de alta de 0,32% em junho. O IBGE divulga na quarta-feira, 07, os dados do IPCA de julho e a expectativa de boa parte do mercado � de que a infla��o fique pr�xima de zero.

“O IPCA deve trazer boas not�cias, mesmo que j� esperadas, para o governo”, disseram analistas da Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban) por meio do Informativo Semanal de Economia Banc�ria. “A expectativa dos analistas � que o �ndice venha em torno de zero, o que deve trazer a varia��o acumulada em 12 meses dos atuais 6,70% para 6,24%.” “A se destacar ainda o forte recuo nas expectativas para a infla��o nos �ndices n�o oficiais, em especial o IGP-M deste ano, cuja mediana das proje��es recuou de 4,94% para 4,69%”, conclu�ram os economistas.

Press�o

Os especialistas avaliam, por�m, que haver� efeito significativo do c�mbio na infla��o. Durante uma palestra em evento do setor automobil�stico, o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore disse que o movimento de desvaloriza��o do real em rela��o ao d�lar pressiona a infla��o. Ele avalia que a taxa de repasse do c�mbio para o IPCA numa estimativa “otimista” est� acima de 5%.

Na avalia��o de Pastore, a tend�ncia � do c�mbio ficar ao redor de R$ 2,30. Segundo Pastore, a desvaloriza��o do real “n�o � transit�ria”. Ele destacou que esse fato est� relacionado com a migra��o de uma parte dos capitais que est�o nos mercados emergentes para os EUA e o avan�o do d�ficit das contas externas no Brasil. Para Pastore, o d�ficit em transa��es correntes deve subir de US$ 52 bilh�es em 2012 para US$ 80 bilh�es este ano.

“Contudo, a deprecia��o do c�mbio precisa ser contida pela pol�tica monet�ria e fiscal ou ambas”, destacou. “No entanto, como o governo passa por uma crise de confian�a, com as manifesta��es de ruas, a economia pol�tica sugere que os governantes ficam um pouco mais cautelosos para reduzir gastos”, destacou. “Eu preferiria que o ajuste viesse da parte fiscal, mas n�o vejo o governo mudando. O super�vit prim�rio est� muito baixo e a contabilidade criativa est� ativa.”

Segundo Pastore, o IPCA deve subir perto de 6% neste ano e atingir 6,5% em 2014. “A infla��o no Pa�s est� reprimida”, comentou, referindo-se �s medidas que o governo adotou para conter a eleva��o dos pre�os, como a decis�o de n�o elevar as tarifas de passagens de �nibus. “Sem pre�os administrados, a infla��o no Brasil est� rodando perto de 8%.” As informa��es s�o do jornal

O Estado de S.Paulo

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