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Estado de Minas

D�lar teve alta acumulada de 5,28% na semana


postado em 18/08/2013 00:13 / atualizado em 18/08/2013 07:31

O d�lar registrou, na sexta-feira, 16, a maior alta di�ria ante o real desde o fim de 2011 e fechou cotado a R$ 2,39, o maior patamar em mais de quatro anos. Preocupa��es relacionadas � economia brasileira e ao programa de est�mulo dos Estados Unidos favoreceram a alta desvaloriza��o, que levou a moeda americana a encostar nos R$ 2,40.

D�vidas sobre a pol�tica de interven��o do Banco Central no mercado de c�mbio tamb�m alimentaram a disparada da moeda americana. O d�lar � vista subiu 2,09%, maior alta di�ria desde 23 de novembro de 2011. Tamb�m foi o maior n�vel de fechamento para a divisa desde 3 de mar�o de 2009, quando ficou em R$ 2,41. Na semana, o avan�o foi de 5,28%. Esse movimento foi determinante para a eleva��o dos juros futuros, que passaram a indicar apostas em uma Selic de 10% ao fim do ano, com mais tr�s altas consecutivas de 0,50 ponto porcentual.

“N�o seria nada absurdo a gente observar no curt�ssimo prazo o c�mbio migrando para patamares de R$ 2,40 ou R$ 2,50, mas acredito que BC tem instrumentos para evitar isso, porque ao longo dos anos conseguiu acumular reservas”, disse o economista da Tend�ncias Consultoria, Felipe Salto.

Ele acredita que a interven��o feita pelo BC, com ofertas de contratos de swap - opera��es que funcionam como uma esp�cie de venda de moeda no mercado futuro, o que ajuda a reduzir a cota��o da moeda - que vencem em setembro, � um sinal de que vai operar para manter o c�mbio em torno do equil�brio. Salto trabalha com proje��o do d�lar a R$ 2,25 no fim do ano, ainda que ocorram oscila��es para cima no curto prazo.

Em S�o Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, procurou dissipar o pessimismo do mercado. Disse que o c�mbio mais desvalorizado beneficia a ind�stria. Reconheceu, por�m, que a volatilidade n�o beneficia a economia e deve ser combatida. As declara��es foram interpretadas por parte dos investidores como sinal favor�vel � desvaloriza��o do real, o que elevou a press�o no c�mbio.

Para o diretor da GO Associados, Fabio Silveira, a disparada do c�mbio � reflexo do desequil�brio do setor externo brasileiro, provocado pela queda dos pre�os de mat�rias-primas, combinado � cren�a do mercado na recupera��o dos EUA. “A valoriza��o do c�mbio � uma mudan�a estrutural”, disse o economista, para quem a mudan�a deve durar pelo menos at� 2014. Segundo ele, o mercado acredita que os EUA v�o crescer e, por isso, os capitais est�o migrando dos pa�ses emergentes para a compra de t�tulos do Tesouro americano.

Para Silveira, o mercado est� testando os limites do c�mbio. “O Banco Central n�o vai dormir no ponto”, disse ele, fazendo refer�ncia �s opera��es de venda de d�lar pela autoridade monet�ria. Ele diz que, levando em conta os par�metros atuais da economia brasileira (infla��o, saldo comercial e juros), o limite de alta do c�mbio estaria entre R$ 2,40 e R$ 2,50. “Mas, se houver alguma altera��o desses vetores, a taxa de c�mbio pode ser maior.”

Embora o BC tenha concentrado sua atua��o em ofertas de swap cambial tradicional, alguns analistas acham que apenas interven��es no mercado � vista conseguir�o segurar o d�lar. “As empresas n�o t�m interesse em swap com o d�lar neste n�vel, ent�o quem est� comprando os contratos s�o os especuladores. Al�m disso, o mercado � vista est� sem liquidez. A press�o vem da�”, afirmou o diretor da NGO Corretora, Sidnei Nehme./

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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