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Estado de Minas

Empresas de autom�veis fazem PIB de cidades goianas crescer at� seis vezes

Produ��o de autom�veis e m�quinas agr�colas multiplica em poucos anos o PIB de cidades goianas. Novas oportunidades de emprego e a chegada de empreendedores alteram h�bitos e elevam pre�os de im�veis


postado em 18/08/2013 10:30

Tiago Pereira da Silva, que dormia só três horas por noite para conciliar o estudo e o trabalho na lavoura, conseguiu se tornar metalúrgico(foto: Breno Fortes/CB/ DA Press )
Tiago Pereira da Silva, que dormia s� tr�s horas por noite para conciliar o estudo e o trabalho na lavoura, conseguiu se tornar metal�rgico (foto: Breno Fortes/CB/ DA Press )

O sol nem tinha dado as caras e Tiago Pereira da Silva j� estava ao volante de um trator da fazenda do patr�o. O jovem, que ia para a cama � meia-noite, depois de voltar da escola, e acordava religiosamente �s 3h, hoje s� tem a comemorar. Aos 28 anos, ostenta a carteira assinada com a profiss�o de metal�rgico, que lhe permitiu trocar a mal remunerada labuta no campo pelo ch�o de f�brica. No come�o de 2006, t�o logo alcan�ou a maioridade plena e a escolaridade m�nima exigida pela Mitsubishi, montadora de autom�veis instalada no munic�pio desde 1998, deixou a ro�a e melhorou de vida.

O sacrif�cio de Tiago n�o � algo raro em Catal�o. Com o surgimento da ind�stria cabocla, fruto da desconcentra��o da economia brasileira, centenas de jovens que tinham o destino tra�ado para sobreviver da lavoura est�o vendo a vida lhes abrir oportunidades que, para seus pais, pareciam coisas do outro mundo. Em vez do cultivo da ro�a, muitos est�o produzindo motores; em vez da ordenha da vaca, muitos est�o descobrindo a tecnologia de ponta que revoluciona o setor automotivo. “No meu caso, o esfor�o valeu a pena”, suspira Tiago. A cidade onde ele vive, no sudoeste goiano, est� entre as regi�es com as maiores taxas de crescimento econ�mico do pa�s. Nem de longe Catal�o espelha o pessimismo empresarial que assombra os gabinetes de Bras�lia.

Com sal�rio de R$ 980, Tiago conta que a sua renda dobrou ao longo de sete anos, desde a estreia na linha de montagem da montadora at� a inspe��o, �rea atual de trabalho. N�o � toa, ele e seus colegas valorizam a cont�nua capacita��o profissional que recebem da multinacional japonesa. Mas querem mais, e j� miram postos de comando na unidade local, dominados por funcion�rios de outros centros, como S�o Paulo, que foram atra�dos pelas oportunidades abertas no que se est� consolidando como novo polo automotivo do Brasil. “Temos produtividade superior � registrada no ABC paulista e merecemos a chance de colaborar tamb�m na gest�o”, defende Jo�o V�tor Fel�cio Silveira, 29, metal�rgico da Mitsubishi desde 2003.


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