A escalada de reajustes acima da infla��o e a falta de qualidade na oferta de muitos dos servi�os j� d�o os primeiros sinais de impacto negativo no mercado de planos de sa�de. Dados divulgados pela Federa��o Nacional de Sa�de Suplementar (Fenasa�de) mostram que o segmento de planos m�dicos, que apresentou uma m�dia anual de crescimento de 4,9% nos �ltimos cinco anos, teve o ritmo de expans�o reduzido praticamente � metade: alcan�ou 49,2 milh�es de usu�rios em junho, com alta de 2,7% frente ao mesmo m�s do ano anterior. Foi a menor taxa de crescimento para o per�odo desde 2003, quando a eleva��o foi de 0,85%. Quando considerados os conv�nios exclusivamente odontol�gicos, a m�dia anual de expans�o caiu ainda mais: de 18,2% para 5,5% este ano. Hoje h� 19,1 milh�es de benefici�rios desse tipo de plano no pa�s. O crescimento desse segmento foi o mais baixo da s�rie hist�rica disponibilizada pela Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS) desde 2000.
No caso das 31 operadoras associadas � Fenasa�de, a situa��o dos planos m�dicos ficou ainda pior, com um descr�scimo no n�mero de benefici�rios de 1,7%. Segundo o presidente da Fenasa�de, M�rcio Coriolano, a retra��o j� vinha sendo sinalizada desde dezembro. “S�o v�rios os fatores que
O resultado mostrado pela Fenasa�de por meio de dados da Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS) � uma esp�cie de cr�nica anunciada. Neste ano, o reajuste de 9% permitido pela ag�ncia aos planos individuais e familiares ilustra uma escalada de uma d�cada: segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), os conv�nios tiveram, em 10 anos, corre��es 39,44% acima da infla��o.
Sem rem�dio
Segundo um estudo do instituto, se continuar nesse ritmo, em 30 anos, os planos ter�o um acr�scimo de 163,49% acima do �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA). Uma alta nessas propor��es aumentaria o comprometimento da renda do benefici�rio em 66%. O pr�prio Minist�rio P�blico Federal (MPF), que mant�m um grupo de trabalho para acompanhar a fiscaliza��o da ANS, j� havia apontado uma poss�vel estagna��o de ingressos de usu�rios, sobretudo, em raz�o da falta de qualidade do atendimento, que, mesmo assim, continua mais caro.
Para o presidente da Fenasa�de, a solu��o para o problema seria “colabora��o de todos os agentes do sistema de sa�de”. “Governo, hospitais e laborat�rios t�m que colaborar: ampliar o rol de cobertura m�nima ao estritamente necess�rio e ter mais cautela na hora de incorporar novas tecnologias, que aumentam os custos para os usu�rios”, argumentou Coriolano.