O ministro da Fazenda, Guido Mantega, atribuiu hoje a alta do d�lar ao estresse do mercado. “N�s tivemos uma situa��o de estresse no mercado de c�mbio, originada, principalmente nos Estados Unidos. Aumentou um pouco a especula��o e a migra��o de t�tulos de longo [prazo] para t�tulos de curto”, disse, antes de participar de premia��o a empres�rios promovida pelo jornal Valor Econ�mico.
Na �ltima segunda-feira o d�lar fechou em R$ 2,4159, com alta de 0,83%, e atingiu a maior cota��o desde 3 de mar�o de 2009, quando a moeda foi vendida a R$ 2,441. Desde o fim de maio, o mercado financeiro global enfrenta turbul�ncias devido � perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os est�mulos monet�rios para a maior economia do planeta. O Fed poder� aumentar os juros e diminuir as inje��es de d�lares na economia global caso o emprego e a produ��o nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econ�mica iniciada h� cinco anos.
Mantega ponderou, no entanto, que apesar do momento turbulento, a situa��o no Brasil est� controlada. “Embora estressado, a situa��o [do mercado] est� sob controle. Os demais mercados no Brasil est�o tranquilos, entrando recursos na conta de investimento externo direto, nas aplica��es na Bolsa [de Valores], nas aplica��es financeiras. A bolsa brasileira vem subindo h� v�rios leil�es consecutivos”, disse.
O ministro alertou para que os investidores n�o apostem em uma desvaloriza��o muito grande do real, sob o risco de sofrerem perdas. “O c�mbio no Brasil � flutuante. Ele flutua para os dois lados, tanto para o lado da desvaloriza��o, como poder� flutuar para a valoriza��o. N�o esque�am que isso j� aconteceu recentemente. O c�mbio primeiro desvalorizou, depois valorizou. Ent�o, � preciso tomar cuidado para n�o se entusiasmar e achar que esse c�mbio vai muito longe”, destacou.
Apesar de garantir que a situa��o est� sob controle, Mantega declarou que o governo est� pronto para agir caso a subida da moeda americana comece a pressionar a infla��o. “N�s temos alguns ant�dotos, que s�o a redu��o das tarifas de alguns insumos, aquelas tarifas que subiram na lista de setembro do ano passado”, disse. “N�o h� nenhum temor de que possa haver um problema maior. A situa��o est� sob controle. N�s temos US$ 370 milh�es de reservas para sustentar algum problema maior”, acrescentou.