A diretora-geral da Ag�ncia Nacional do Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP), Magda Chambriard, afirmou que o g�s n�o associado a petr�leo no Brasil deve estar principalmente em terra. "O potencial do g�s natural em terra � muito grande no Brasil, est� em toda parte", disse nesta segunda-feira, 26, em evento da C�mara de Com�rcio Americana, no Rio.
No caso do g�s n�o convencional de folhelho (shale gas), Magda disse que, apesar de n�o haver confirma��o do tamanho das reservas, o potencial � grande e a fonte precisa ser explorada. "N�o � poss�vel deixar o n�o convencional de lado."
A ANP calcula, num exerc�cio hipot�tico, que o potencial de g�s n�o convencional em cinco bacias geol�gicas brasileiras poderia passar de 500 trilh�es de p�s c�bicos (TCFs), o que seria mais do que o pr�-sal brasileiro. "� apenas um exerc�cio, uma provoca��o", esclareceu Magda.
O c�lculo � feito com base no tamanho das bacias, usando como refer�ncia a produtividade da �rea de shale Barnett, uma regi�o de shale gas de refer�ncia nos Estados Unidos. Magda disse que, provavelmente, as bacias brasileiras n�o alcan�ar�o a mesma produtividade. Por�m, se obtivessem, a Bacia do Parna�ba teria 64 TCFs, Parecis 124 TCFs, Rec�ncavo 20 TCFs, S�o Francisco 80 TCFs e Paran� 226 TCFs.
A ANP destaca que a estimativa do Paran� foi feita por uma ag�ncia norte-americana e n�o � endossada pelo regulador brasileiro por falta de estudos. A diretora-geral disse que o Ibama participar� do licenciamento de po�os para g�s n�o convencional e estabelecer� requisitos espec�ficos para este fim. Ela lembra que h� Estados com larga experi�ncia com licenciamentos, como a Bahia, e outros que est�o sendo apresentados agora ao setor de �leo e g�s, como Mato Grosso. "O Ibama vai ser um ator chave no licenciamento n�o convencional."