O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre pode ser a �ltima not�cia positiva sobre o crescimento econ�mico neste ano, na avalia��o do governo. Nos bastidores, integrantes da equipe de Dilma Rousseff acreditam que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) vai divulgar nesta sexta-feira, 30, uma acelera��o em rela��o ao primeiro trimestre, quando o PIB cresceu 0,6%. Dada a incerteza, a equipe econ�mica prefere trabalhar com um amplo intervalo entre 0,7% e 1,1%.
Sobre o terceiro trimestre, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, evita fazer proje��es p�blicas. O m�ximo que sinalizou sobre o desempenho do PIB no restante do ano foi a redu��o de 3% para 2,5% na estimativa de crescimento para todo o ano de 2013.
Por outro lado, o governo avalia que o resultado do segundo trimestre mostrar� a recupera��o dos investimentos. Os dados apontam tamb�m que a ind�stria teve resultado positivo, consolidando o processo de recupera��o gradual da economia brasileira. Confirmada uma expans�o maior do PIB no segundo trimestre, o Brasil estar� entre os pa�ses com maior crescimento do G-20, segundo uma fonte da �rea econ�mica.
Embalada pela supersafra, a agricultura tamb�m deve ter bom desempenho. O resultado positivo do segundo trimestre antecipa um fim de ano menos favor�vel para o crescimento econ�mico, avaliam auxiliares de Dilma. A �nfase no combate � infla��o, “prioridade zero” no Pal�cio do Planalto, cobrou seu pre�o no n�vel geral da economia. Mas isso j� estava nas contas do governo, diz uma autoridade. Entre combater infla��o e turbinar o PIB, Dilma adotou a primeira op��o.
O plano funcionou ancorado nos esfor�os do Banco Central para elevar a taxa b�sica de juros. E vinha bem, na avalia��o oficial, at� a cota��o do d�lar mudar de “banda” de varia��o. Agora, a moeda americana mais cara, embora ajude na exporta��o e no balan�o de pagamentos, pode acelerar novamente a infla��o. A barreira “psicol�gica” da Selic em dois d�gitos j� n�o parece um tabu no Planalto. Ali, a proje��o est� mantida em 9,5% para dezembro. Mas, segundo essa avalia��o, se a cota��o do petr�leo disparar, o BC ter� um duplo desafio pela frente: segurar a carestia sem ultrapassar “o limite”.
O IPCA-15, pr�via da infla��o de agosto, fechou em 6,15% no acumulado em 12 meses - em julho, o �ndice estava em 6,27%. Avalia��es mais realistas ouvidas no Planalto apontam para um IPCA “ao redor” de 6% neste ano. Ainda � uma infla��o bastante alta para um PIB estimado em “pouco mais de 2%” para dezembro. E para uma meta central de 4,5%.
Como 2013 j� parece estar “dado”, como se diz no jarg�o econ�mico, interessa ainda mais neste momento o cen�rio para 2014, ano de fortes press�es eleitorais. As apostas do governo, s�o as concess�es de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. At� porque os efeitos de um eventual sucesso no programa de infraestrutura estar�o canalizados para 2014.