O novo diretor-geral da Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC), o brasileiro Roberto Azevedo, nem bem vai assumir seu cargo na entidade na pr�xima segunda-feira, 2 de setembro, e j� embarca para a c�pula do G-20 na R�ssia, onde vai fazer um apelo aos l�deres globais: n�o abandonem o sistema multilateral.
Azevedo foi eleito em maio com um amplo apoio de pa�ses emergentes e � o primeiro brasileiro a assumir o cargo. Mas ter� um “batizado” dos mais complicados na c�pula, nos dias seguintes � sua posse. O brasileiro dever� se reunir com v�rios l�deres e seu recado deve ser em forma de apelo pela preserva��o do sistema multilateral do com�rcio, hoje em crise aberta.
Ele pedir� que se d� tempo a um projeto mais amplo, pedido que tamb�m deve ser feito ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Deve alertar ainda para o impasse na Rodada Doha e pedir apoio para os trabalhos at� a confer�ncia ministerial no fim do ano, em Bali.
Diante de uma agenda carregada e com a S�ria dominando o cen�rio internacional, o com�rcio deve receber pouca aten��o dos l�deres das maiores economias do mundo. Se Azevedo tem reuni�es j� marcadas com alguns dos chefes de Estado, com outros a conversa ser� mesmo nos corredores da c�pula.
Nas �ltimas semanas, o in�cio das negocia��es para um acordo de livre com�rcio entre os Estados Unidos e a Europa passou a dominar as aten��es das diplomacias de ambos os lados do Atl�ntico. O temor de pa�ses menores � de que o acordo entre a primeira e a segunda maior economia do mundo signifique a marginaliza��o da OMC do cen�rio internacional.