(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Com�rcio repassa e absorve reajuste de pre�os


postado em 01/09/2013 00:12 / atualizado em 01/09/2013 09:40

Bras�lia – O varejo j� repassou para os consumidores tudo o que podia de reajuste de pre�os. Agora, est� absorvendo, ao reduzir margens de lucro, o peso da carestia. Os dados da Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC) mostram que enquanto o produtor ou o atacadista elevou os pre�os, no ano passado, em 6,5%, o com�rcio acomodou tr�s pontos percentuais desse total como custo da opera��o e passou para os consumidores os 3,5 pontos percentuais de diferen�a. “Em 2013, essa a absor��o da infla��o tem sido menor em virtude do menor crescimento das vendas. Nos �ltimos 12 meses encerrados em junho de 2013, os pre�os ao produtor subiram 7,7% e no varejo 6,1%”, explica o economista Fabio Bentes, da CNC.


Para a empres�ria Elis�ngela Alves de Sousa, de 35 anos, a carne bovina e o leite t�m pesado mais no or�amento. “Nem mesmo na promo��o a gente consegue um pre�o bom”, observa. Ela conta que se tornou imposs�vel encontrar o litro de leite por menos de R$ 2,29. “J� tem tempo que n�o vejo o leite por R$ 1,99. Com esse pre�o d� para levar umas duas caixas e olhe l�”, diz. Elis�ngela relata ainda que atualmente n�o deixa menos de R$ 100, toda semana, no mercado. “E voc� n�o compra nada de mais. Sai com duas bolsinhas e deixa esse dinheiro todo.”


Luiz Henrique Oliveira, de 37, � servidor p�blico e tamb�m sente o fardo dos pre�os altos na hora de fazer as compras mensais. “N�o tem muita escapat�ria. O jeito � procurar pelas promo��es”, conta. A solu��o, para ele, foi reduzir as idas ao mercado para duas vezes na semana ante as tr�s que fazia at� tr�s meses atr�s. “Cheguei a gastar R$ 200 em uma semana comprando pouca coisa”, lembra. Para Oliveira, os vil�es do or�amento t�m sido o macarr�o, o leite e o feij�o. “� um absurdo o quilo do feij�o custar R$ 5,99. N�o h� sal�rio que aguente”, diz. Ele acrescentou ainda que se for comprar mesmo tudo que precisa a fatura dispara. “A� a conta vai para R$ 1 mil por m�s”, afirma.

Poder de compra Bentes, da CNC, atribui ao enfraquecimento do mercado de trabalho a redu��o no consumo, que diminui as margens dos comerciantes e favorece os repasses de pre�os. A empregada dom�stica Aldenora Amorim Santos, de 36, sabe bem o que � isso. Sem carteira assinada h� um ano, ela tenta se virar da forma que pode para deixar as contas da casa em dia.
“�s vezes fa�o algumas faxinas e recebo R$ 80 ou R$ 100 por dia”, disse. Com o poder de compra mais reduzido, ela s� leva para casa o que est� em promo��o. “N�o tem jeito, est� tudo mais caro. Se encontro um cal�ado por mais de R$ 70, tento sempre um desconto”, comentou.


Outro fator a reduzir o consumo � que, cada vez mais, as pessoas relutam em tomar cr�dito. Compras parceladas, para a advogada Tatiane Ferreira Martins, de 28, n�o s�o uma op��o. Ela trocou recentemente a m�quina de lavar e a televis�o pagando � vista. “Eu e meu marido usamos a restitui��o do Imposto de Renda e o 13º sal�rio para isso. Sei que o momento n�o � favor�vel para comprar a longo prazo”, disse.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)