O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita brasileiro ser� determinado, nos pr�ximos anos, pelo desempenho da produtividade do trabalho no Pa�s. A 28ª edi��o do boletim Radar: tecnologia, produ��o e com�rcio exterior, estudo do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quinta-feira, 5, aponta que o Brasil depender� dos n�veis de produtividade porque, ao contr�rio dos �ltimos anos, as taxas de ocupa��o n�o devem ter aumento significativo. A capacidade de produzir mais com a mesma quantidade de recursos dispon�veis tamb�m ser� essencial para o desempenho externo do Pa�s, indicam os pesquisadores.
Nos �ltimos dez anos, diferente do que deve ocorrer daqui para frente, o aumento da quantidade de pessoas em atividade foi importante para o resultado. O PIB per capita cresceu, na d�cada de 2000, de forma mais acelerada que a produtividade do trabalho. Isso s� foi poss�vel, segundo a pesquisa, porque entre 30% e 50% desse crescimento pode ser explicado pelo aumento das taxas de ocupa��o e de participa��o no mercado de trabalho.
Os dados que medem a produtividade do trabalho na ind�stria brasileira de 2007 a 2010 apontam que o setor de transforma��o teve crescimento de apenas 5,67%. A maior queda no grupo foi da metalurgia, de 12,12%.
Como destaque positivo na ind�stria da transforma��o est� a fabrica��o de coque, produtos derivados do petr�leo e biocombust�veis, com 157,4%. O desempenho da ind�stria extrativa por outro lado, foi melhor, com taxa de crescimento de 19,17%. O destaque, nessa categoria, � a extra��o de petr�leo e g�s natural, com 82,24%.
Entraves
Outro estudo divulgado pelo Ipea coloca que s�o fundamentais pol�ticas que ajudem a identificar os entraves ao aumento da produtividade. "O desenho destas pol�ticas requer diagn�sticos mais aprofundados, incluindo a evolu��o da produtividade em n�vel setorial e por firma, diagn�sticos de falhas de mercado e aspectos institucionais que impe�am a aloca��o de fatores para as firmas mais produtivas", informa o documento.
O artigo aponta, ainda, que a base de dados sobre tempo de estudo usada com maior frequ�ncia subestima a escolaridade brasileira nas d�cadas de 1970 e 1980. Por isso, as estimativas de capital humano para o per�odo s�o subestimadas. Na compara��o internacional, a Produtividade Total dos Fatores (PTF) do Brasil evoluiu muito pouco ao longo dos �ltimos cinquenta anos, enquanto pa�ses como Estados Unidos, China e Coreia do Sul tiveram avan�os "consider�veis".