A Empresa Brasileira de Correios e Tel�grafos informou que ainda est� verificando o alcance da greve decretada na noite de ontem (11) pelos funcion�rios. De acordo com a empresa, pelo menos seis dos 35 sindicatos da categoria est�o em greve. Eles est�o localizados em cinco estados: Rond�nia, S�o Paulo, Rio de Janeiro Tocantins e Rio Grande do Sul.
Segundo os Correios, n�o h� condi��es de atender �s reivindica��es da Federa��o Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Tel�grafos e Similares (Fentect). A estatal argumenta que elas causariam impacto de R$ 31,4 bilh�es sobre a folha, equivalente a "mais que o dobro da previs�o de receita para 2013". Ainda de acordo com a estatal, 75% das receitas de vendas s�o destinados ao pagamento de sal�rios, benef�cios e encargos.
Em nota divulgada ontem, os Correios tamb�m informaram que, para manter a continuidade dos servi�os de entrega de cartas e encomendas, j� adotou medidas como deslocamento de funcion�rios, pagamento de horas extras, contrata��o tempor�ria de servidores e mutir�es para entregas nos fins de semana.
A Fentect, entidade que agrega 29 dos 35 sindicatos que representam trabalhadores da estatal, reivindica 7,13% de aumento devido � defasagem salarial causada pela infla��o recente, mais 15% de aumento real e R$ 200 de aumento linear para todos os 123 mil servidores. Al�m disso, pede 20% de aumento pelas perdas salariais ocorridas desde o Plano Real.
Diretor da Fentect, James Magalh�es disse � Ag�ncia Brasil “estranhar” as estimativas apresentadas pelos Correios. Ele criticou tamb�m a falta de “propostas concretas” em resposta �s 93 cl�usulas que integram a pauta de reivindica��es.
Os Correios acenaram com reajuste de 5,27% sobre os sal�rios e benef�cios, o que, incluindo a progress�o anual, ultrapassaria os �ndices de infla��o do per�odo. “Essa proposta feita pela empresa n�o ser� aceita”, garantiu o diretor da Fentect.
De acordo com a Fentect, a empresa teve em 2012 lucro superior a R$ 1 bilh�o. "Segundo documentos repassados pela pr�pria empresa, h� R$ 7 bilh�es em caixa. O que n�o queremos � que a empresa atue como tem atuado, no mercado financeiro, ou que avance na inten��o de comprar a estatal de correios portuguesa, em vez de investir em trabalhadores e maquin�rio aqui no Brasil”, disse Magalh�es.
Outro ponto que tem gerado preocupa��o aos trabalhadores � o sucateamento do Correios Sa�de, plano que atualmente � administrado pelo Recursos Humanos da empresa. “Desde 2009, eles v�m sucateando o plano. Fecharam v�rios ambulat�rios dentro dos Correios. Agora querem repass�-lo � iniciativa privada, sob o nome de Postal Sa�de, prejudicando tamb�m esse direito dos trabalhadores”.