O deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) considera "uma brincadeira de mau gosto" as insinua��es dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e dos Transportes, C�sar Borges, de que a desist�ncia geral dos investidores pelo leil�o de concess�o do trecho da BR-262, entre Esp�rito Santo e Minas Gerais, tenha motiva��o ou influ�ncia pol�tica.
Coimbra esteve reunido com Borges e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, antes do prazo final para a entrega de propostas, e relatou ter escutado dos dois ministros que o trecho da BR-262, que seria licitado, era o "fil�" dentre as concess�es rodovi�rias, tanto que 32 grupos de empresas tinham adquirido o edital. "Chegaram a nos dizer que esperavam um des�gio entre 30% e 40% no leil�o, mas o que se notou, ao n�o aparecer nenhum cons�rcio interessado, foi que o custo das obras foi subestimado pelo governo e que a demanda de autom�veis foi superestimada no edital", acrescentou.
O deputado negou veementemente que parlamentares do Estado tenham atuado para prejudicar a licita��o. "A bancada n�o regula mercado, os investidores n�o se pautam nisso. Uma bancada que n�o teve aten��o do governo n�o pode ser responsabilizada pela falta de interessados. Quem tem que explicar isso s�o os ministros", disse. "Isso � o avesso do avesso do avesso. Considero essas insinua��es uma brincadeira, porque algu�m s�rio n�o pode fazer isso", completou.
Para Coimbra, o importante agora � concluir a duplica��o de 51 quil�metros da BR-262, cuja obra fazia parte do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC). "Enquanto o governo n�o decide o que fazer, � importante dar seguimento a essa obra, pois s�o 51 quil�metros importantes para o Estado e se trata de um trecho cujas obras s�o as mais dif�ceis", declarou.