Com base no crescimento de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Funda��o Getulio Vargas, aumentou a proje��o do crescimeno da atividade econ�mica este ano de 2,3% para 2,5%.
A estimativa atual � que o PIB do terceiro trimestre ter� queda de 0,4% em compara��o ao trimestre imediatamente anterior, por�m o percentual pode ser revisto, avaliou Bonelli. A proje��o leva em conta v�rios indicadores, como a redu��o da produ��o industrial em julho.
“A ind�stria, pelos efeitos indiretos, tem uma influ�ncia grande no PIB, pelo lado do com�rcio, dos transportes. Pelas v�rias interliga��es com o resto da economia, a gente n�o est� otimista com a ind�stria”. “E agora, para o terceiro trimestre, a gente n�o v� um quadro bom, n�o”, acrescentou.
Em rela��o � infla��o, a perspectiva � chegar at� o final do ano inferior a 6%. “Deve ficar acima da meta [ de 4,5%], mas abaixo do teto [6,5%]”, destacou Bonelli.
Segundo o economista, o repasse da oscila��o do d�lar para o consumidor final tem sido pequeno at� o momento. “Se continuar assim, � bom sinal. � sinal que a gente vai ter uma infla��o um pouco mais bem comportada”. Entretanto, explicou, que se a ind�stria e o com�rcio come�arem a repassar os pre�os para o varejo, poder� haver eleva��o da infla��o.
Por�m, os economistas do Ibre avaliam que alguns pre�os est�o defasados, como a gasolina, em decorr�ncia do baixo repasse da varia��o cambial. “Exatamente pelo fato que o repasse cambial tem sido pequeno, talvez o governo permita um aumento do pre�o da gasolina, se n�o de uma vez s�, em parcelas, dilu�das ao longo do tempo, para corrigir um pouco a situa��o da pr�pria Petrobras”, disse.
Em rela��o ao emprego, a previs�o do Ibre � que a taxa de desemprego de agosto, aferida pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), fique em 5,7%. Em julho, foi 5,6% na s�rie dessazonalizada, livre dos efeitos sazonais. “� a manuten��o do emprego”, disse. Em compara��o a agosto do ano passado, a proje��o � aumento de 0,4 ponto percentual. “A press�o de m�o de obra n�o est� t�o forte este ano”.
Bonelli explicou que as proje��es s�o diferentes das do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Minist�rio do Trabalho. “Pelo Caged, as novas contrata��es [contrata��es menos demiss�es] est�o vindo em um ritmo muito mais lento que no ano passado. Isso � preocupante”. J� na PME, esse movimento n�o � captado com tanta for�a.
H� possibilidade, acrescentou o economista, que ocorra aumento do emprego informal. “Quando o mercado afrouxa um pouquinho, o que aparentemente est� acontecendo, pode aumentar o emprego informal. Mas a tend�ncia, se existe, � muito suave”, ressaltou.