Terminou sem acordo a reuni�o da Federa��o Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Tel�grafos e Similares (Fentect) e a Empresa Brasileira de Correios e Tel�grafo (ECT) nesta ter�a-feira, 17, para discuss�o do diss�dio coletivo deste ano. O encontro foi no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A Fentect - que representa trabalhadores dos Correios de algumas regi�es do Pa�s - rejeitou a proposta da empresa.
O TST informa tamb�m que a Federa��o Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Correios (Findect) n�o compareceu � audi�ncia e encaminhou peti��o informando que os sindicatos filiados a ela j� haviam celebrado acordo com a estatal. Os trabalhadores dos Correios das bases de S�o Paulo, Rio de Janeiro, Bauru, Tocantins, Rio Grande do Norte e Rond�nia, ligados � Findect, aceitaram na sexta-feira, 13, a proposta feita pela ECT, e por consequ�ncia, o fim da greve.
O caso entre Correios e Fentect, no entanto, seguir� outro caminho. Agora o TST realizar� o sorteio de um ministro relator para o julgamento do diss�dio. A decis�o final ser� tomada, portanto, na Se��o de Diss�dios Coletivos (SDC), e isso n�o tem data prevista para ocorrer.
Ap�s o rev�s na negocia��o, os Correios divulgaram nota citando que a "intransig�ncia da Fentect leva ao diss�dio". De acordo com a estatal, foi invi�vel qualquer tentativa de concilia��o, mesmo mediada, na primeira audi�ncia entre os Correios e a federa��o.
Segundo os Correios, o ministro do tribunal chegou a ressaltar que proposta econ�mica feita pela ECT era satisfat�ria. A empresa ofereceu reajuste de 8% nos sal�rios (o que, segundo a ECT, rep�e integralmente a infla��o do per�odo, de 6,27%, e garante ganho real de 1,7%); de 6,27% nos benef�cios; pagamento de vale extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro; e Vale Cultura, dentro das regras de ades�o ao programa implementado pelo governo federal.
Pela manh�, a ECT convocou uma coletiva de imprensa. "Fizemos o esfor�o m�ximo que t�nhamos ao oferecer os 8%. Est� no limite da possibilidade da empresa. N�o h� o que oferecer a mais", afirmou, na ocasi�o, o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira. Ele argumentou que tratava-se de um bom reajuste, "se considerada a conjuntura atual".
Balan�o
Apesar do impasse ao final desta ter�a-feira nas negocia��es com a Fentect, o balan�o dos Correios indica que parcela de 98,73% do efetivo compareceu normalmente ao trabalho nesta ter�a, o que equivale a 122.889 empregados. O n�mero � apurado por meio de sistema eletr�nico de presen�a. Esse balan�o leva em considera��o que seis sindicatos decidiram manter paralisa��o durante o dia: Para�ba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Tocantins, S�o Jos� do Rio Preto (SP) e Vale do Para�ba (SP). Mesmo assim, segundo a ECT, a rede de atendimento ficou aberta em todo Brasil e todos os servi�os, dispon�veis - com exce��o da postagem, entrega e coleta de encomendas com hora marcada nos locais onde houve paralisa��es - foram mantidos.
A ECT ressalta que continuar� aplicando medidas do Plano de Continuidade de Neg�cios para garantir a entrega de cartas e encomendas e o atendimento em toda rede de ag�ncias, caso outros sindicatos venham a aderir � paralisa��o nas assembleias desta ter�a-feira. Entre as a��es est�o a realiza��o de horas extras, mutir�es para entrega nos fins de semana e deslocamento de empregados entre as unidades.