Em uma nova tentativa de mostrar boa vontade com o capital privado, o governo colocou em marcha a reestrutura��o da Infraero, visando abrir o capital da estatal at� 2016. A proposta de mudar o perfil societ�rio da maior operadora de aeroportos da Am�rica Latina e quinta do mundo, 100% controlada pela Uni�o, vem desde o governo do presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O projeto tocado lentamente pela sua sucessora, Dilma Rousseff, tamb�m busca manter o governo como controlador e acionista majorit�rio, nos moldes da Eletrobras, da Petrobras e do Banco do Brasil.
Com apoio de tr�s consultorias privadas contratadas h� mais de um ano, as mudan�as na organiza��o da empresa, que administra 63 aeroportos, sendo tr�s como s�cia minorit�ria, dever�o estar completas at� o carnaval. O comando da diretoria executiva ser� refor�ado e nove superintend�ncias regionais ser�o convertidas em centros de apoio t�cnico.
“A estatal n�o perseguiu nenhum modelo do exterior, embora tenham sido feitas v�rias an�lises comparativas de indicadores, principalmente com operadoras europeias e asi�ticas”, observou Mauro Roberto Pacheco de Lima, diretor de Planejamento da companhia.
Em paralelo, est� sendo criada uma nova subsidi�ria, a Infraero Participa��es S.A. (Infrapar), que ser� a representante da estatal nos cons�rcios que administrar�o aeroportos privatizados. Al�m de ser s�cia com 49% nas administra��es dos terminais de Bras�lia, Guarulhos (SP) e Campinas (SP), a Infraero vai participar da gest�o privada do Gale�o (RJ) e de Confins (MG), cujo leil�o est� previsto para outubro.