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Estado de Minas

Papai Noel chega antes da hora em Belo Horizonte

Com�rcio antecipa venda de produtos natalinos e surpreende consumidores, enquanto a ind�stria v� no d�lar em alta e em programa do governo motivos para ficar otimista


postado em 20/09/2013 06:00 / atualizado em 20/09/2013 07:17

(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)

J� � Natal no com�rcio de Belo Horizonte. Papai Noel chegou antecipado �s prateleiras e g�ndolas, assusta alguns consumidores e alegra outros. A estrat�gia dos lojistas de produtos natalinos � come�ar a desovar mais cedo o estoque, que este ano est� entre 12% e 20% maior do que em 2012. A ind�stria nacional, que vem sendo sacrificada pela baixa produ��o desde o in�cio do ano, se apoia na alta do d�lar e no programa Minha Casa Melhor para alavancar as vendas.

 A mudan�a no c�mbio favoreceu setores como os de confec��o e brinquedos, que nos �ltimos anos v�m amargando a concorr�ncia de chineses. “O pre�o da mercadoria importada subiu e a nossa est� mais competitiva. A alta do d�lar favoreceu a gente. O ambiente de neg�cio est� melhor e estamos mais otimistas do que no ano passado. As consultas para exporta��o voltaram a acontecer”, comemora Michel Aburachid, presidente do Sindicato da Ind�stria do Vestu�rio de Minas Gerais (Sindivest-MG). A expectativa do sindicato � de crescimento 4% no Natal deste ano, na compara��o com 2012.

No setor de brinquedos, o otimismo � maior. A ind�stria lan�ou 400 produtos para o Natal e espera crescimento de 14% nas vendas na data. “Neste ano conseguimos tomar 5% do mercado dos chineses. Vamos fechar 2013 com 55% do mercado”, diz Syn�sio Batista da Costa, presidente da Associa��o Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq).

 Em outros setores, como o de eletrodom�sticos e eletroeletr�nicos, as vendas foram beneficiadas com o programa do governo federal Minha Casa Melhor. “O programa vai ajudar a ter vendas melhores, principalmente de fog�es, lavadoras, refrigeradores e televisores”, afirma Lourival Ki�ula, presidente da Associa��o Nacional de Fabricantes de Produtos Eletr�nicos (Eletros). A expectativa da entidade � de empatar as vendas no Natal deste ano, na compara��o com 2012. Segundo Ki�ula, os consumidores t�m preferido televisores de tela maior (40 polegadas), de olho na Copa do Mundo.

No segmento de bolsas e cal�ados, as vendas est�o mais t�midas. “Os neg�cios ca�ram de 10% a 12% em rela��o ao ano passado. O nosso custo de m�o de obra � alto. O produto n�o tem muita tecnologia a ser empregada. E n�o h� como trocar o funcion�rio por m�quina. Se aumentamos o pre�o, n�o temos a mesma demanda de antes”, diz Rog�rio Lima, presidente do Sindicato das Bolsas do Estado de Minas Gerais (Sindibolsas-MG).

Em compras ontem, a aposentada Andrea Oliveira ficou surpresa ao encontrar enfeites de Natal na padaria Trigopane, no Bairro Sion. “J� � Natal?!?! O fim de ano chegou!”, exclamou assustada. “Fiquei surpreendida com os produtos expostos com tanta anteced�ncia”, diz. J� a dentista Ana Beatriz Mesquita de Lima comemorou: “O meu Natal come�a mais cedo mesmo, em agosto. Tenho que comprar cerca de 35 presentes. J� adquiri alguns”, diz.

A loja de decora��o Casa Futuro, que tem unidades em Lourdes e no BH Shopping, come�ou a colocar enfeites natalinos desde o fim de semana. Neste ano a empresa comprou 12% a mais do que em 2012, informa a propriet�ria, Cl�udia Travesso. “Eu negocio direto na China. Em outubro j� vou comprar o Natal do pr�ximo ano”, afirma. A padaria Trigopane comprou 20% a mais de produtos natalinos neste ano, na compara��o com 2012. “No ano passado ficamos zerados, por isso aumentei o estoque neste ano”, diz Igor Silva, gerente de marketing.

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Barbas de molho O com�rcio de Belo Horizonte registra crescimento acumulado de 3,58% neste ano, na compara��o com 2012, segundo a C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). A expectativa da entidade � de ter crescimento menor no Natal deste ano. “O Natal � a data mais importante para o com�rcio, mas estamos com infla��o e taxa de juros alta, o que compromete as vendas”, diz Iracy Pimenta, economista da CDL-BH.

Lincol Gon�alves Fernandes, presidente do Conselho de Pol�tica Econ�mica e Industrial da Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg), ressalta tamb�m que o segundo semestre deve ser de n�meros dif�ceis para a ind�stria em geral. “O varejo trabalha com expectativa um pouco maior no Natal, mas isso n�o se traduz em encomendas”, diz.


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