O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira, 30, que para viabilizar os investimentos no Brasil � preciso medidas de redu��o de custo. "O Brasil era um Pa�s muito caro, ainda �, mas um pouco menos caro por causa do c�mbio competitivo", disse. "Com o c�mbio mais desvalorizado o custo dos produtos, o custo da m�o de obra em d�lar fica mais barato. � uma medida importante ter um c�mbio flex�vel e mais desvalorizado", destacou o ministro.
Mantega disse tamb�m que "n�s reduzimos o custo da energia e minimizamos a eleva��o do custo da m�o de obra". "Como temos economia com pleno emprego � natural que haja uma eleva��o do sal�rio real", acrescentou.
Mantega afirmou que a absor��o de toda a m�o de obra dispon�vel � uma virtude "mas tamb�m gera um problema". "Virtude porque consegue atingir o objetivo maior do trabalhador que � ter emprego e tamb�m aumenta a renda desse trabalhador, tem chance de ter mais escolaridade", disse. "Por�m o inconveniente de ter o pleno emprego � que voc� teve de absorver segmentos da popula��o menos qualificados." Segundo ele, "nesse primeiro momento a produtividade do trabalho cai, mas � passageiro".
Infraestrutura
Mantega afirmou ainda que o investimento em infraestrutura tem um importante efeito multiplicador no Produto Interno Bruto (PIB). Para cada R$ 1 em investimento em infraestrutura, se eleva em R$ 3 no resultado do PIB, apontou uma planilha apresentada por ele. "N�s somos muito carentes em infraestrutura", comentou.
Ele ressaltou que os projetos moldados pelo governo federal de infraestrutura s�o atrativos. "A atratividade est� em primeiro lugar na rentabilidade. N�s estamos definindo bases para que a rentabilidade seja alta nesse projeto", completou.
Mantega afirmou que o Tribunal de Contas exige que seja colocada uma tarifa m�xima para come�ar o leil�o. Segundo ele, a rentabilidade b�sica do projeto de rodovias, por exemplo, � de 15% em termos reais para o investidor, o que classificou como uma rentabilidade "bastante razo�vel". Ele disse que o governo tem definido melhor as condi��es dos leil�es para que "n�o tenham arestas, sejam atrativos e provoquem a concorr�ncia".
"H� uma grande demanda para infraestrutura j� instalada no Pa�s", ressaltou o ministro, que reiterou que h� uma grande demanda para qualquer dos segmentos inclu�dos no programa de investimento em infraestrutura. "O Brasil teve pouco investimento em infraestrutura nos �ltimos 30, 40 anos." Ele citou o tr�fego a�reo, em que a demanda em 2002 era de 35 milh�es de passageiros, passando para 100 milh�es em 2012. No tr�fego de rodovias, a amplia��o de usu�rios foi de 56 milh�es para 105 milh�es, por exemplo.
"Estabelecemos um financiamento a partir de uma combina��o de bancos p�blicos e bancos privados", lembrou Mantega. "De modo que possamos ter os recursos suficientes", completou. "Posso dizer que haver� recurso dispon�vel." "N�s estamos definindo uma malha de infraestrutura totalmente interligada. Esse processo j� come�ou, j� estamos fazendo novas concess�es", completou.
Ele ressaltou que "teremos uma grande rodada de petr�leo com o campo de Libra e certamente ter� sucesso". "Temos onze grupos grandes inscritos pra participar", disse. "Os Estados est�o fazendo muitas PPPs e o governo federal far� PPPs tamb�m. Com isso a curva de investimento vai se deslocar para cima", completou.