S�o Paulo, 16 - A modesta alta de 0,08% do �ndice de Atividade Econ�mica do Banco Central (IBC-Br) em agosto ante julho sugere que o indicador deve subir 0,5% em setembro, afirmou nesta quarta-feira, 16, o economista-chefe da consultoria MCM, Fernando Genta. Segundo ele, essa evolu��o do IBC-BR consolida a avalia��o de que o PIB no terceiro trimestre deve apresentar queda entre 0,3% e 0,5%, na margem.
De acordo com Genta, essa faixa de retra��o do PIB entre julho e setembro deve ser provocada por uma baixa de 1,1% do PIB industrial, na margem, afetado em boa parte pela forma��o de estoques no segundo trimestre. A agropecu�ria deve ter recuou de 4,3% no mesmo per�odo, em compara��o especialmente por causa dos fortes resultados registrados em todo o primeiro semestre deste ano. J� os servi�os devem apresentar uma eleva��o modesta de 0,5%, enquanto os investimentos devem exibir uma contra��o de 1%.
Segundo o economista-chefe da consultoria MCM, tanto a retra��o do setor manufatureiro quanto da Forma��o Bruta de Capital Fixo devem ser influenciadas de forma expressiva pela queda na confian�a de consumidores e empres�rios, o que teria como um dos fatores as manifesta��es populares por melhores servi�os p�blicos em v�rias capitais ocorridas em junho.
Para o quarto trimestre de 2013, Fernando Genta trabalha com um cen�rio um pouco melhor para o n�vel de atividade, o que deve levar o PIB para uma alta de 0,8% em rela��o aos tr�s meses anteriores. E isso deve ocorrer em fun��o de alguns elementos: o PIB industrial deve ter alta de 1,1%, em grande medida pelo desempenho mais favor�vel do setor extrativo mineral, especialmente na �rea de petr�leo.
Outro fator importante deve ser uma queda menor da agropecu�ria entre outubro e dezembro ante a que deve ser observada no terceiro trimestre, com contra��o de 1% no �ltimo trimestre deste ano. "Esses dados sugerem que a economia ter� duas velocidades no ano", destacou. "No primeiro semestre, cresceu a um ritmo de 4,3% em termos anualizados, enquanto no segundo semestre a din�mica foi bem menor, pois dever� ser de apenas de 0,6%, na mesma base de compara��o", apontou.
Em fun��o desse quadro de intensa desacelera��o da demanda agregada no segundo semestre do ano, Genta acredita que o Banco Central elevar� os juros s� mais 0,25 ponto porcentual na reuni�o que ser� encerrada no dia 27 de novembro. Ele estima que o PIB subir� 2,2% neste ano. "Com um n�vel de atividade fraco, a Selic dever� ficar parada em 9,75% at� o fim do pr�ximo ano", projetou.