(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Ex-presidentes do BC criticam governo Dilma

Arminio abriu sua palestra dizendo-se %u201Cpreocupado%u201D com a mudan�a na pol�tica econ�mica a partir do segundo mandato do presidente Lula


postado em 18/10/2013 07:43 / atualizado em 18/10/2013 07:51

Dois ex-presidentes do Banco Central (BC) criticaram, na quinta-feira, a flexibiliza��o do trip� da pol�tica macroecon�mica (super�vit prim�rio, metas de infla��o e c�mbio flutuante), que esta semana foi alvo de debate entre a ex-senadora Marina Silva e a presidente Dilma Rousseff.

Em semin�rio no Rio, Arminio Fraga e Gustavo Franco, presidentes do BC no governo Fernando Henrique Cardoso - que mant�m contato com o senador A�cio Neves (PSDB-MG) -, foram incisivos nas cr�ticas. Henrique Meirelles, comandante da autoridade monet�ria no governo Luiz In�cio Lula da Silva, que tamb�m participou do evento, promovido pelo Instituto Millenium e pelo Ibmec, preferiu destacar pontos positivos da economia, como institui��es fortes.

Arminio abriu sua palestra dizendo-se “preocupado” com a mudan�a na pol�tica econ�mica a partir do segundo mandato do presidente Lula. “O Brasil vive, de uns seis ou sete anos para c�, um modelo diferente do que prevaleceu nos 12 anos anteriores”, afirmou Arminio a jornalistas, pouco antes da palestra.

“Houve uma invers�o na pol�tica econ�mica: ela est� amarrada na microeconomia e solta na macroeconomia”, completou. A amarra��o na microeconomia se refere �s diversas formas de interven��o do governo na economia. O trip� � o lado macroecon�mico da pol�tica.

Respondendo a uma pergunta do p�blico, Arminio relacionou a flexibiliza��o da pol�tica econ�mica no Brasil a uma tend�ncia global, mas afirmou que o Brasil “est� rasgando um pouco” o trip�. “Estamos vivendo um momento em que BCs pelo mundo afora largaram suas cartilhas. E, nesse contexto, o Brasil foi escorregando”, afirmou, para ent�o avaliar que “d� para mudar isso”. “O BC vem aumentando os juros”, lembrou.



Gustavo Franco comemorou o fato de Marina Silva demonstrar preocupa��o com o trip�. “� sinal de que alguma coisa mudou”, disse, tamb�m respondendo ao p�blico. O economista explicou, por�m, que o trip� � apenas a “parte operacional” de um conjunto mais amplo de pol�ticas. S�o eles a responsabilidade fiscal (garantida pelo super�vit prim�rio), a qualidade da moeda (expressa no controle da infla��o, mas indo al�m da meta para o IPCA) e a abertura da economia para o exterior (facilitada pelo c�mbio flutuante).

Dos tr�s conjuntos de pol�ticas, Franco � mais cr�tico � condu��o da responsabilidade fiscal pelo atual governo. O ex-presidente do BC criticou a renegocia��o das d�vidas de Estados e prefeituras com a Uni�o e a “contabilidade criativa” para fechar as contas p�blicas.

O risco de flexibilizar demais a pol�tica macroecon�mica, para Franco, � haver piora nos servi�os p�blicos. “O custo de uma pol�tica macroecon�mica mal formulada se transforma em um setor p�blico que funciona mal”, disse Franco, antes do semin�rio. “S�o custos muito concretos e boa parte desses custos est� por tr�s da efervesc�ncia nas ruas”, completou, referindo-se �s manifesta��es que tomaram o Pa�s desde junho.

Choque de oferta

J� Henrique Meirelles destacou pontos positivos, como a for�a das institui��es, e procurou destacar que a infla��o n�o � “estrutural” no Pa�s. Segundo ele, a pol�tica monet�ria n�o deve ser usada para conter os “efeitos prim�rios” dos choques de oferta - como uma alta de pre�os de alimentos inesperada. Nessa l�gica, a infla��o no Brasil tem ficado mais pr�xima do centro da meta, quando esses efeitos s�o exclu�dos.

Evitando cr�ticas � atual pol�tica econ�mica ou ao BC, Meirelles defendeu o c�mbio flutuante e a pol�tica de acumula��o de reservas, como contrapartida de uma estrat�gia de conter o vaiv�m das cota��es. “Voc� deve intervir no c�mbio quando h� um problema grave de escassez de liquidez ou excesso de liquidez. O que n�o pode � generalizar e usar (as interven��es do BC) para tentar controlar a taxa de c�mbio”, disse Meirelles, que tamb�m defendeu a “austeridade” nas despesas p�blicas.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)