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Estado de Minas

Cresce press�o sobre o governo por alta do combust�vel

Dentro de 40 dias, a Petrobras ter� de pagar R$ 6 bilh�es � vista, por deter 40% do cons�rcio


postado em 23/10/2013 08:25 / atualizado em 23/10/2013 08:42

(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

A press�o sobre o governo para um reajuste nos pre�os da gasolina e do diesel aumentou ap�s o leil�o do pr�-sal no campo de Libra. As autoridades na equipe econ�mica que j� defendiam alta nos pre�os antes mesmo da licita��o acreditam no reajuste dos combust�veis at� o fim do ano, e pressionam para que ocorra nos pr�ximos dias.

O argumento � o de que o reajuste daria uma folga de recursos � Petrobras, for�ada a importar combust�vel mais caro do que vende no Brasil, onde o pre�o � controlado pelo governo para n�o aumentar a infla��o.

Com o al�vio no caixa, a Petrobras teria “condi��es totais” de pagar integralmente a parte que lhe cabe no b�nus de assinatura do contrato entre a Uni�o e o cons�rcio que venceu o bloco de Libra. Dentro de 40 dias, a Petrobras ter� de pagar R$ 6 bilh�es � vista, por deter 40% do cons�rcio. O b�nus total � de R$ 15 bilh�es.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que um reajuste de um d�gito, na faixa de 5% a 7% para os pre�os da gasolina e tamb�m para o diesel nas refinarias, j� tem o sinal verde da equipe econ�mica, mas aguarda uma decis�o pol�tica do Pal�cio do Planalto quanto ao momento mais adequado.

O governo avalia que o reajuste teria um impacto de at� 0,2 ponto porcentual no �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA). Assim, quanto mais esperar, mais claro estar� o cen�rio para o IPCA de 2013 - o governo trabalha para que a infla��o seja inferior aos 5,84% de 2012. No acumulado do ano at� setembro, a alta foi de 5,86%.

Quando questionado diretamente sobre a proximidade de uma alta no pre�o da gasolina e do diesel, anteontem em S�o Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que “os reajustes dos combust�veis vir�o quando forem considerados necess�rios”. “Neste momento, n�o h� nada definido”, disse o ministro, que tamb�m � o presidente do conselho de administra��o da Petrobras.

Setores do governo mais preocupados em fechar o ano com “o �ndice de infla��o mais baixo poss�vel” defendem o reajuste apenas em janeiro de 2014. Esse cen�rio poderia tamb�m se refletir na negocia��o envolvendo o pagamento dos R$ 6 bilh�es que a Petrobr�s deve fazer ao Tesouro entre o fim de novembro e o in�cio de dezembro, quando o contrato de Libra for assinado.

Nesse segundo cen�rio, a Petrobras pagaria apenas uma parte dos R$ 6 bilh�es e negociaria com os demais s�cios do cons�rcio (Shell, Total, CNOOC e CNPC) um rateio da diferen�a. Em troca, a companhia brasileira ofereceria barris de petr�leo, e o pagamento poderia come�ar j� no in�cio do ano que vem.

Sem folga de recursos, um pagamento � vista de R$ 6 bilh�es causaria danos a um caixa que j� sofre apertos, diante da obriga��o de manter uma carga pesada de investimentos, e, ao mesmo tempo, sem poder remunerar seus produtos adequadamente. Por causa disso, as ag�ncias de rating j� sinalizaram ao mercado que a nota de cr�dito da Petrobr�s pode ser reduzida nos pr�ximos meses.

“A Petrobras tem condi��es de pagar os R$ 6 bilh�es, tem dinheiro para isso. Mas fazer esse pagamento de uma vez pode criar um problema desnecess�rio para a companhia, ent�o n�o podemos descartar, de antem�o, um acordo com os s�cios”, disse uma fonte qualificada do governo, que lembrou o fato de que, na ind�stria petroleira, acordos como esse, de oferecer produ��o (barris) em troca de dinheiro, s�o usuais.

Mesmo afirmando que a estatal tem “dezenas de bilh�es” em caixa e o pagamento do b�nus n�o seria problema, Mantega n�o descartou a tomada de empr�stimos com essa finalidade. A mesma hip�tese foi aventada ontem pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lob�o.


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