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Estado de Minas CAF� ESFRIA DESEMPENHO DE MINAS

Valor da produ��o agr�cola em Minas Gerais cresce 2,4% em 2012

Resultado abaixo da alta registrada para o pa�s levou � perda da segunda posi��o do ranking nacional para o Mato Grosso


postado em 26/10/2013 06:00 / atualizado em 26/10/2013 07:52

A cafeicultura, que costuma segurar o desempenho do estado, perdeu força por causa da crise nos preços da saca (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 6/5/13)
A cafeicultura, que costuma segurar o desempenho do estado, perdeu for�a por causa da crise nos pre�os da saca (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 6/5/13)

As sucessivas quedas no pre�o do caf�, a principal commodity do estado, prejudicaram o crescimento do valor da produ��o agr�cola de Minas entre 2011 e 2012: o indicador obteve uma suave alta de 2,4%, de R$ 24,7 bilh�es para R$ 25,39 bilh�es. Nesse confronto, apenas a t�tulo de ilustra��o, o valor m�dio da saca de 60 quilos do gr�o despencou de R$ 530 para R$ 360. Resultado: o percentual do valor da produ��o agr�cola do estado avan�ou num ritmo menor que o do nacional (aumento de 4,3%), levando Minas a perder a segunda posi��o no ranking nacional para o Mato Grosso (R$ 26 bilh�es). A primeira coloca��o ficou com S�o Paulo (R$ 36,4 bilh�es). No pa�s, o valor foi de R$ 204 bilh�es.

Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). A queda nos pre�os do caf� n�o interfere apenas no indicador: afeta o dia a dia das centenas de munic�pios mineiros que cultivam o gr�o. “O pre�o baixo impacta na economia dessas cidades, afetando a arrecada��o de impostos”, explica Victor Soares Lopes, assessor t�cnico da Superintend�ncia de Economia e Pol�tica Agr�cola da Secretaria de Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento do estado. A situa��o atual dos produtores est� pior do que o cen�rio divulgado no estudo do IBGE.

“O pre�o m�dio agora est� em R$ 260. O custo da mesma saca, por�m, � de R$ 340 a R$ 400, dependendo da regi�o”, refor�ou Breno Mesquita, presidente da Comiss�o Nacional do Caf� da Confedera��o Nacional da Agricultura e Pecu�ria (CNA). Ele lamenta que os tr�s leil�es de op��es de compra de sacas feitos pelo governo federal, em setembro, tenham ocorrido tardiamente. Os leil�es, na pr�tica, seriam um socorro financeiro aos produtores. “Eles deveriam ter ocorrido em maio, no in�cio da colheita, mas foram feitos em setembro, quando 80% da safra j� havia sido colhida”, completou.

A CNA encaminhou � Uni�o um pedido para que o governo suspenda por 90 dias a cobran�a de empr�stimos contra�dos pelos cafeicultores. O pedido est� sendo analisado pelo Pal�cio do Planalto. Apesar da queda no pre�o do caf�, o gr�o ajudou o estado a liderar o ranking do valor da produ��o agr�cola das chamadas lavouras permanentes – o IBGE divide a produ��o agr�cola em permanentes (caf�, laranja e outras) e em tempor�rias (soja, cana de a��car, milho, soja e outras). Nesse caso, o valor da produ��o agr�cola do estado com as culturas permanentes foi de R$ 11,5 bilh�es.

O resultado das tempor�rias, portanto, foi de R$ 13,9 bilh�es, atr�s de S�o Paulo, Mato Grosso, Paran�, Rio Grande do Sul e Goi�s. Nesse tipo de lavoura, destaque para o aumento da safra de feij�o: o estado colheu 633,8 milh�es de toneladas, o que correspondeu a um aumento de 8,7%. A alta se deve, sobretudo, � expans�o de 17% na �rea plantada da terceira safra. O pre�o m�dio do alimento, de 2011 para 2012, subiu 49,8%. Una�, no Alto Parana�ba, � o maior produtor do alimento, com 112,2 mil toneladas.

No balan�o de 2013, por�m, a situa��o deve mudar. Isso porque o governo foi obrigado a proibir a planta��o de feij�o de 15 de setembro a 25 de outubro no Noroeste do estado, regi�o que responde por 70% da produ��o no terceiro ciclo. A medida, conhecida como vazio sanit�rio, foi necess�ria para exterminar um v�rus transmitido pela mosca-branca – a praga n�o causa problema ao ser humano, mas prejudica bastante a lavoura. Como o ciclo do inseto � de 20 dias, a interrup��o do plantio por 40 dias, na teoria, garante o exterm�nio da praga. � a primeira vez que a medida � adotada para o feij�o em Minas.

Gr�os de destaque

J� a produ��o de milho parece ir de vento em polpa. Em 2012, o estado foi o maior produtor na primeira safra, com 7.091.516 toneladas, o que representou uma alta de 14,2% em rela��o a 2011. Em rela��o � soja, a participa��o do estado no total nacional subiu de 16,3% em 2011 para 18,1% em 2012. “A produ��o de soja de 2012 para 2013 deve crescer 10%”, acredita Aline Freitas, coordenadora da Assessoria T�cnica da Federa��o da Agricultura e Pecu�ria do Estado de Minas Gerais (Faemg).

A produ��o mineira de cana-de-a��car tamb�m foi destaque no confronto dos �ltimos 10 anos. “Houve crescimento expressivo, de 218% (passou de 278 mil hectares para 883 mil hectares) da �rea destinada � cana-de-a��car entre 2002 e 2012. Com isso, esse produto passou de 10,8% para 28,4% do valor da produ��o no estado no per�odo”, informou o relat�rio do IBGE.

“V�rias usinas se deslocaram para o Tri�ngulo Mineiro nos �ltimos anos. A cana foi avan�ando da regi�o de Ribeir�o Preto (SP) para l�”, recorda Victor Lopes. A migra��o de empresas para a regi�o favoreceu, por exemplo, Uberaba. A cidade, no ranking de maiores munic�pios plantadores de cana, pulou da 80ª posi��o para a terceira coloca��o.

Milho na lideran�a

A produ��o nacional de soja, que liderava a primeira posi��o no ranking nacional de volume de colheitas, perdeu o posto para o milho em 2012: 71,1 milh�es de toneladas (aumento de 27,75%) contra 65,9 milh�es de toneladas (queda de 12%). A justificativa foi a estiagem que castigou as principais regi�es produtoras de soja, principalmente nos estados do Sul.

Por outro lado, � importante frisar que a soja continua sendo a cultura com o maior valor de produ��o. Tanto que corresponde a 24,7% do valor de produ��o. Depois, aparecem a cana-de-a��car (19,85%) e o milho (13,2%). Al�m de afetar a colheita da soja, problemas clim�ticos causaram perdas em 41 das 64 culturas pesquisadas pelo IBGE.

Entre elas est�o as planta��es de mandioca (-9,1%), algod�o (-2%) e cana (-1,8%). Mas o que mais prejudica o bolso do consumidor foram as quedas na colheita de dois tradicionais alimentos do brasileiro: o feij�o (-18,6%) e o arroz (-14,3%). Em rela��o ao feij�o, o IBGE explicou que “a produ��o nacional (2.794.854 toneladas) caiu 18,6%, devido � estiagem no Nordeste”.

No caso do arroz, ainda segundo o IBGE, houve uma queda de 14% na safra do Rio Grande do Sul, o maior produtor no pa�s: “As condi��es clim�ticas desfavor�veis, ocasionando o baixo n�vel das barragens no momento da semeadura, juntamente com a insatisfa��o dos produtores com o pre�o da mercadoria na safra anterior foram os fatores respons�veis”.

Pela primeira vez, o IBGE elaborou o ranking municipal para o valor da produ��o agr�cola. Seis cidades do estado est�o no grupo das 50 maiores: Uberaba (17º lugar, com R$ 819,5 milh�es), Una� (18º, como R$ 806,5 milh�es), Paracatu (26º, com R$ 622,5 milh�es), Perdizes (29º, com R$ 580,3 milh�es), Patroc�nio (34º, com R$ 519 milh�es) e Frutal (49º, com R$ 432 milh�es).

S�o Desid�rio, no interior da Bahia, lidera o ranking (R$ 2,3 bilh�es). “S�o Desid�rio ultrapassou Sorriso (MT), contabilizando acr�scimo de 35,2%. Entre os diversos cultivos, destaca-se o algod�o herb�ceo, onde foi cultivada 12,4% da produ��o nacional e 48,9% da baiana”, estacou o relat�rio do IBGE. (PHL)

 

 


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