(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Produ��o brasileira � concentrada em grandes usinas, mas pequenas avan�am no interior

Microdestilarias j� s�o uma realidade em munic�pios mineiros da Zona da Mata


postado em 27/10/2013 06:00 / atualizado em 27/10/2013 07:27

Produzir etanol no pa�s � coisa de gente grande. De acordo com Alexandre Andrade, membro da Comiss�o Nacional de Cana-de-a��car da Confedera��o Nacional da Agricultura (CNA), 30% de toda a cana destinada � produ��o de �lcool no Brasil � plantada por cerca de 180 milh�es de fornecedores, que s�o produtores independentes. Desse universo, apenas 15%, ou 27 milh�es, s�o pequenos produtores. “A safra de cana no pa�s � de 600 milh�es de toneladas ao ano, e apenas 5,8% dela (35 milh�es) � fornecida por pequenos produtores”, observa.

As microdestilarias, por�m, j� s�o uma realidade em munic�pios mineiros da Zona da Mata – como Vi�osa, Ponte Nova, Guaraciaba, Paula C�ndido, Erv�lia, Visconde do Rio Branco, Pedra do Anta, Rio Pomba –, mas tamb�m em Mariana e Ouro Preto, na Regi�o Central, Tr�s Cora��es (Sul de Minas), sem contar o restante do pa�s. Elas tamb�m est�o presentes no interior de S�o Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Alagoas, Maranh�o, Piau�, Rio Grande do Sul, Goi�s e Paran�, segundo levantamento realizado pelo Estado de Minas junto a fabricantes da coluna retificadora, equipamento que transforma o pr�-destilado da cana em combust�vel.

Jos� Maria Santana J�nior � s�cio-propriet�rio da f�brica que produz a Cacha�a Guaraciaba, no munic�pio de mesmo nome, na Zona da Mata. Ele conta que at� 2010 usava o pr�-destilado que sobrava da produ��o da cacha�a para fabricar uma aguardente de segunda linha, o que � comum no mercado. “A bebida tamb�m acabava sendo vendida a granel para os botecos, onde competia com a pr�pria Guaraciaba”, explica.

Diante disso, a solu��o foi aproveitar o res�duo para a fabrica��o de �lcool hidratado. “Hoje, produzimos mais de 3.000 litros de cacha�a e entre 200 e 250 litros de �lcool ao dia. O combust�vel � usado em todos os ve�culos do alambique, nos autom�veis da fam�lia e tamb�m abastece carros e motos dos funcion�rios, que t�m um desconto simb�lico pelo uso na folha de pagamento. O alambique conta com 56 empregados diretos e outros 30 que s�o contratados como safristas.

O engenheiro mec�nico e de seguran�a do trabalho Jos� Olinto Trindade Costa � de Ponte Nova e conta que sempre que presta servi�os de manuten��o no alambique da Guaraciaba recebe uma parte do pagamento em etanol. “Em geral, levo 40 litros no tanque e outros 200 litros para estocar. O carro rende mais e tenho garantia da proced�ncia”, diz.

Projetos A tentativa de impulsionar a produ��o de �lcool em pequenas propriedades rurais est� longe de ser um esfor�o isolado de universidades em alguns pontos do pa�s. Tramitam na C�mara dos Deputados cinco projetos de lei envolvendo a cria��o de programas de microdestilarias, que estabelecem crit�rios para a comercializa��o do combust�vel fabricado nesses locais. “Queremos que o agricultor familiar possa vender diretamente ao consumidor ou, no m�nimo, ao posto de gasolina”, explica o deputado federal Jesus Rodrigues (PT-PI), autor do PL 1.620/2007.

De acordo com a Ag�ncia Nacional de Petr�leo (ANP), ao contr�rio do que ocorre no caso da comercializa��o, n�o existem restri��es para produ��o de etanol para consumo pr�prio (microdestilarias). Mas uma das exig�ncias � a produ��o de etanol com teor alco�lico entre 92,6 e 93,8% de massa, fator que j� vem sendo observado pelos pequenos produtores. De acordo com Beatriz Emygdio, pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, no Rio Grande do Sul, a qualidade do �lcool produzido pelos pequenos � a mesma encontrada nos postos de abastecimento de combust�vel.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)