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Estado de Minas POEIRA LEVANTA VOO

Sujeira toma conta de carros que ficam no estacionamento em Confins

Taxistas reclamam de custo extra


postado em 28/10/2013 06:00 / atualizado em 28/10/2013 07:23

Geral do aeroporto: terraplenagem da rodovia também gera o pó que atrapalha a limpeza do terminal (foto: Angelo Pettinati/Esp.EM/D.A Press)
Geral do aeroporto: terraplenagem da rodovia tamb�m gera o p� que atrapalha a limpeza do terminal (foto: Angelo Pettinati/Esp.EM/D.A Press)

Um passar de dedo na lataria de um dos carros parados no estacionamento � suficiente para constatar a sujeira impregnada nos ve�culos por causa da obra no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, e em seus arredores. Deixar o carro ali para uma viagem de poucos dias pode ser bem mais vantajoso que ir de t�xi para o terminal, mas no per�odo de obras � preciso incluir no c�lculo do custo/benef�cio a lavagem do autom�vel. A poeira gerada � suficiente para deixar os carros imundos depois de poucas horas. Imagine alguns dias…

Tanto o piso do terminal de passageiros quanto o do estacionamento e de outros espa�os do aeroporto ficam contaminados pelo ac�mulo de poeira. Sofre quem vende comida (e quem compra, claro), quem usa o estacionamento e os faxineiros, obrigados a aumentar o servi�o para tentar manter tudo limpo, num “enxuga-gelo intermin�vel”, como dizem os auxiliares de servi�os gerais. O problema da sujeira est� entre os mais reclamados � Ouvidoria da Infraero, segundo o gerente de Opera��es da Royal Park, Gilberto Pereira Lopes, respons�vel por responder a parte das reclama��es referentes ao estacionamento. “Poderia ser criada uma parceria no sentido de quando houver uma reclama��o formal fosse dada uma ducha”, afirma. Ele conta que at� sugeriu � Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportu�ria (Infraero), mas o pedido n�o foi acatado.

O taxista Sebastião Araponga da imundície do veículo. que deveria estar sempre limpo (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O taxista Sebasti�o Araponga da imund�cie do ve�culo. que deveria estar sempre limpo (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O problema da poeira n�o se restringe aos usu�rios do estacionamento. Situados no meio do furac�o, como eles gostam de brincar, os taxistas se dizem os principais afetados, sendo obrigados a lavar os carros diariamente (�s vezes at� mais de uma vez) devido � sujeira acumulada. Antes de ir para a plataforma buscar os clientes, os motoristas s�o obrigados a aguardar em uma fila nas proximidades do estacionamento por at� duas horas – depende do hor�rio e do movimento do aeroporto. L�, a poeira gerada pela obra do p�tio de aeronaves se mistura �quela produzida nas interven��es dos dois terminais e nos trabalhos na rodovia e atormenta os condutores.

NUVEM DE SUJEIRA
“Tem dia que uma nuvem de poeira � formada”, afirma o taxista Sebasti�o Araponga, que acusa os oper�rios de �s vezes jogar �gua no asfalto propositalmente para a poeira se transformar em barro, aumentando a dificuldade de remo��o. Guardar um paninho no porta-luvas para pequenas faxinas � quase obrigat�rio. Mas a solu��o � na volta da corrida ir direto para o ponto de apoio alugado nas proximidades do terminal para lavar o carro e voltar para a fila em busca de mais um passageiro. Perde-se tempo, mas, segundo Araponga, pelo menos o passageiro n�o reclama da imund�cie. “O carro tem que estar limpo para vender bem o seu servi�o”, diz o taxista, que �s vezes, na pressa, paga R$ 10 para os lavadores da regi�o enquanto come algo. Com isso, l� se vai mais um custo. De tanto p�, teve at� taxista usando m�scara para filtrar a respira��o.

Nas pr�ximas semanas a situa��o pode se agravar. Ajustes ser�o feitos nos contratos da Infraero com empresas que prestam servi�o. O mais afetado deve ser o de limpeza. A estatal vai cortar 24,1% do valor previsto para o contrato de limpeza. Antes seriam pagos R$ 438 mil, mas com a revis�o ser�o pagos somente R$ 332 mil. A empresa contratada ser� orientada a priorizar o servi�o nas salas de embarque e desembarque e nos banheiros, mas dever� manter todo o aeroporto limpo.

Resgate dos animais

Uma equipe multidisciplinar de bi�logos, engenheiros florestais e veterin�rios � respons�vel pela preserva��o da fauna e da flora das �reas suprimidas pelas obras de duplica��o da rodovia de acesso ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves. Especializados em bot�nica, ornitologia, herpetologia, ornitofauna, mastofauna e mastozoologia, os profissionais s�o capacitados para o manejo de animais silvestres, tendo resgatado tapetis (coelho nativo), gamb�s, ouri�os-cacheiro, micos-estrela, cu�cas, veados, al�m de de aves, anf�bios e r�pteis. Inclusive, os animais ter�o um t�nel subterr�neo para atravessar a rodovia na tentativa de evitar atropelamentos.

Os trabalhos foram feitos principalmente na fase preliminar da obra, antes do in�cio da opera��o das m�quinas. Os animais resgatados s�o identificados e avaliados pelo veterin�rio para ver a necessidade de tratamento. Caso estejam em boas condi��es de sa�de s�o soltos em �reas de mata adjacentes ao aeroporto. Por se tratar de um espa�o que antes era uma mata fechada, muitas cobras foram encontradas por l�. Enquanto isso, as plantas s�o levadas para a Funda��o Zoobot�nica e unidades de conserva��o. Entre as esp�cies coletadas est�o palmeiras, brom�lias e orqu�deas. Os animais mortos s�o repassados aos museus da PUC e da UFMG para serem inclu�dos nas cole��es cient�ficas das institui��es.

Como o aeroporto fica nas proximidades da �rea de prote��o ambiental da Lapa Vermelha, as a��es de preserva��o fazem parte das condicionantes ambientais impostas para emiss�o das licen�as de opera��o, tendo como objetivo reduzir os preju�zos causados ao meio ambiente. Para isso, os profissionais tomam cuidados especiais. Por exemplo, plantas de maior porte s�o retiradas com uso de retroescadeiras na tentativa de manter o torr�o para preservar as ra�zes. No caso dos animais, um t�nel com dois metros de altura e dois metros largura ser� instalado nas proximidades do terminal de cargas. “A ideia � permitir que os bichos passem de um lado para o outro por baixo do asfalto”, afirma o respons�vel pela fiscaliza��o das obras de duplica��o da rodovia, Cl�udio Lima. (PRF)


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