O repasse do c�mbio para os pre�os dos alimentos foi o principal impulso para que o grupo alimenta��o e bebidas tivesse alta de 1,03% em outubro. Com isso, o impacto ficou em 0,25 ponto porcentual - o maior do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA). Entre os itens que foram afetados pela alta do d�lar est� a farinha de trigo, que teve alta de 3,75%, ante 2,61% em setembro, avaliou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE)
Segundo a coordenadora de �ndice de Pre�os do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, os problemas nas safras brasileira e argentina fizeram com que o Brasil importasse mais dessa mat�ria-prima, uma vez que a produ��o interna n�o � suficiente para abastecer toda a demanda. "Isso espalha infla��o para um setor muito forte no consumo, que � o de derivados de farinha", explicou Eulina. Segundo ela, o p�o franc�s, apesar de n�o ter um pre�o alto, � um gasto di�rio. Al�m disso, as massas tamb�m fazem parte da cesta de alimentos das fam�lias e acabam sofrendo o impacto da alta da farinha.
As carnes e o frango tamb�m refletem a alta do c�mbio, em fun��o de entressafra (principalmente no caso de bovinos) e da alta nos pre�os da ra��o para os animais (influenciados pelo pre�o de milho e soja no mercado internacional). Al�m disso, Eulina lembrou que o m�s de outubro registrou aumento na exporta��o de carnes - o que diminui a oferta interna, elevando o pre�o. As carnes tiveram alta de 3,17% em outubro (ante 0,88% em setembro), enquanto os frangos subiram 3,44% (ante 3,04%).
Apesar disso, o l�der em varia��o entre os alimentos foi o tomate, com alta de 18,65%. Mesmo assim, o impacto individual do item ficou em 0,03 ponto porcentual (contra 0,08 pp das carnes). Segundo Eulina, o impacto veio de problemas na safra e na consequente redu��o da oferta.