O secret�rio de Planejamento Energ�tico do Minist�rio de Minas e Energia, Altino Ventura, disse hoje que a gera��o de energia hidrel�trica, e�lica e a partir do baga�o de cana continuar� como prioridade nos pr�ximos anos. Ele ressaltou, por�m, que a preocupa��o das autoridades com o setor t�m um horizonte mais amplo e abranger�o tamb�m as prioridades que surgir�o com o esgotamento do potencial hidrel�trico, previsto para ocorrer entre 2025 e 2030.
Ventura destacou o papel das “�ltimas fronteiras de grandes usinas” – no caso, Belo Monte e o Complexo de Tapaj�s – para o pa�s garantir a energia nos pr�ximos dez anos e para se aproximar do potencial m�ximo previsto para a gera��o de energia h�drica – que � 260 mil megawatts (MW).
“O governo continuar� seguindo no caminho da diversidade de matrizes energ�ticas, mas com priorizadade na gera��o de energia hidrel�trica, da que vem do baga�o de cana e da e�lica. Essas matrizes v�o atender 80% da expans�o prevista para os pr�ximos dez anos”, disse o secret�rio, durante encontro promovido pela Associa��o Brasileira dos Produtores Independentes de Energia El�trica (Apine).
Segundo Ventura, uma das prioridades para a gera��o de energia a partir de matrizes hidrel�tricas, � a constru��o de empreendimentos na Regi�o Norte e de alguns sistemas isolados. “Por�m, com o esgotamento do potencial hidrel�trico, previsto para entre 2025 e 2030, vamos definir uma nova transforma��o, uma nova prioridade, diferente da matriz hidrel�trica. O g�s vai dar nova alternativa importante e, talvez, venha a substituir a matriz hidrel�trica”, destacou.
O secret�rio informou que a proje��o do governo � que o g�s venha a agregar mais 15 mil MW � pot�ncia instalada do pa�s, mas disse que esse n�mero pode aumentar. De acordo com Ventura, a gera��o fotovoltaica ainda n�o � plenamente competitiva, mas h� sinais de que os pre�os est�o caindo internacionalmente. "E sabemos do potencial brasileiro para esta matriz, fazendo com que o Brasil [futuramente] avance tamb�m nela.”
Presente ao evento, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp, apontou, como fator relevante para diminuir os gastos com o acionamento de usinas t�rmicas, o investimento em tecnologias que ajudem a prever o comportamento clim�tico no Brasil.
“Vai demorar para estarmos razoavelmente [avan�ados] em termos de previs�o clim�tica. Estamos bem para o prazo de sete ou dez dias, mas isso tem de ser ampliado, para termos melhor previs�o sobre a necessidade de ligar ou n�o usinas t�rmicas”, disse Chipp. Para ele, o pa�s precisa priorizar tamb�m investimentos em gera��o de energia t�rmica na Regi�o Sul e em linhas de transmiss�o no Nordeste.