O adiamento da reuni�o do Conselho de Administra��o da Petrobras que discutir� uma nova metodologia de pre�os n�o foi vista como grave pelo fundo Aberdeen, um dos grandes investidores estrangeiros da companhia. Segundo o diretor chefe de Investimentos para o Brasil, Nick Robinson, o adiamento para o dia 29 � sinal de que ainda h� debate sobre o tema, e n�o necessariamente um retrocesso sobre a inten��o de aplicar uma metodologia previs�vel de reajustes. "� um assunto complicado e � importante que seja resolvido. Precisamos ter paci�ncia e esperar", disse.
O adiamento j� estava circulando na imprensa na ter�a-feira, 19, e foi comentado em entrevista pelo ministro da Fazenda e presidente do conselho de administra��o da Petrobras, Guido Mantega, nesta quarta, 20, ainda com o mercado aberto em Nova York. Os pap�is da companhia (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York ca�ram mais de 4%, em rea��o ao coment�rio.
O fato relevante sobre o adiamento foi divulgado apenas nesta quinta-feira, 21. "A companhia tem uma comunica��o fraca com o mercado, e este � apenas mais um exemplo", disse Robinson.
Como previsto, a metodologia n�o foi debatida na �ltima reuni�o do conselho de administra��o da Petrobras, no dia 12. Segundo fonte da petroleira, a negocia��o sobre o reajuste est� concentrada diretamente com Bras�lia e n�o passar� pelo conselho antes da reuni�o do dia 29.
A metodologia aprovada pela diretoria da Petrobras e que precisa do aval do conselho para ser implementada considera o conceito de m�dia m�vel, as cota��es do barril do petr�leo no mercado internacional, do c�mbio, al�m de tetos e pisos, segundo a presidente Gra�a Foster explicou em entrevista ao Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, h� tr�s semanas. Ou seja, a partir de um determinado valor, haveria uma corre��o dos pre�os. A metodologia tamb�m considera no c�lculo picos e m�nimas de pre�os, e difere da conta-petr�leo, que repassava a oscila��o mensalmente ao Tesouro.