A Associa��o Brasileira de Engenharia Sanit�ria e Ambiental (Abes) protocolou uma carta no Pal�cio do Planalto pedindo para que a presidente Dilma Rousseff determine que "seja imediatamente retirada" do edital da 12ª Rodada de Licita��es da Ag�ncia Nacional de Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP) a explora��o de g�s ou �leo de xisto. A licita��o est� prevista para os dias 28 e 29 de novembro. Esta ser� a primeira licita��o de �rea para explora��o de g�s ou �leo de xisto no Brasil.
O presidente da Associa��o em Bras�lia, Marcos Montenegro, advertiu para os riscos dessa explora��o, ressaltando que eles s�o pouco conhecidos e alertando para a possibilidade de contamina��o da �gua pot�vel usada para a popula��o beber. Montenegro lembrou que, na Fran�a, esse tipo de explora��o est� suspensa por cinco anos para estudos. A licita��o ser� feita em sete bacias sedimentares.
Na carta, a Abes adverte que "a tecnologia atualmente utilizada para a explora��o - a fratura hidr�ulica - tem sido proibida em diversos pa�ses onde foram considerados patentes e indiscut�veis os riscos de danos �s �guas subterr�neas e superficiais". A carta destaca ainda que no Brasil a explora��o de g�s de xisto, prevista no edital, acarretar� s�rios riscos de contamina��o dos aqu�feros e pode comprometer o uso humanos nas bacias do Rio S�o Francisco, no Rec�ncavo Baiano e em regi�es costeiras de Alagoas e Sergipe, e em regi�es do Paran�, Parecis, Parana�ba e at� na Bacia do Acre e Madre de Dios.
Al�m da retirada da explora��o do g�s de xisto do edital, as entidades pedem � presidente Dilma que determine ao Minist�rio de Minas e Energia, � Ag�ncia Nacional de �guas e demais �rg�os ligados ao setor que "promovam realiza��o de estudos que ofere�am melhor conhecimento, tanto sobre as propriedades das jazidas e das condi��es de sua explora��o, quanto dos impactos ambientais associados".