Depois dos aeroportos e rodovias, � a vez do petr�leo e do g�s. A Ag�ncia Nacional de Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP) promove nesta quinta-feira, 28, o terceiro leil�o de petr�leo e g�s de 2013. A partir das 9h, ter� in�cio a 12ª Rodada de Licita��es, a primeira voltada para o desenvolvimento das reservas brasileiras de g�s em campos em terra. A concorr�ncia reunir� sete bacias sedimentares nos Estados do Amazonas, Acre, Tocantins, de Alagoas, do Sergipe, Piau�, Mato Grosso, de Goi�s, da Bahia, do Maranh�o, Paran� e de S�o Paulo. Apesar da expectativa criada em torno da concorr�ncia, uma s�rie de incertezas afastou investidores.
O potencial de descoberta dos chamados recursos n�o convencionais de �leo e g�s levou a concorr�ncia a ser chamada de leil�o do g�s de xisto (shale gas), em alus�o � explora��o do shale gas nos Estados Unidos - o termo correto � g�s de folhelho. A revolu��o energ�tica provocada shale gas nos EUA, que reduziu fortemente o pre�o do insumo, criou a expectativa de um movimento parecido no Brasil.
Apesar do otimismo, o leil�o � cercado por incertezas do ponto de vista comercial, ambiental e regulat�rio. Um dos pontos mais pol�micos diz respeito � t�cnica usada para explora��o dos recursos n�o convencionais. O procedimento de fraturamento do solo usa a inje��o de �gua misturada a produtos qu�micos, gerando risco de contamina��o dos len��is fre�ticos. A t�cnica de fraturamento hidr�ulico n�o � regulamentada no Brasil.
Al�m disso, estudo produzido por �rg�os do governo concluiu que alguns blocos se sobrep�em a unidades de conserva��es ambientais e a reservat�rios de hidrel�tricas, al�m de estarem pr�ximas de �reas ind�genas.
No lado comercial, a venda de g�s para a gera��o de energia el�trica � vista como a melhor op��o para monetizar as reservas a serem descobertas, j� que os blocos estar�o localizados longe dos principais gasodutos do Pa�s. Com a termoel�trica constru�da na boca do po�o, os investidores podem tirar vantagem da alta capilaridade da rede de transmiss�o de energia el�trica. O risco desse plano � que as t�rmicas a g�s n�o t�m sido bem-sucedidas nos leil�es de energia do governo, perdendo muito espa�o para e�licas.
“O movimento da ANP � correto, mas n�o � o melhor momento para realizar a licita��o”, disse o presidente do Conselho de Administra��o da consultoria Gas Energy, Marco Tavares. Das 21 empresas qualificadas para o leil�o, 12 apresentaram garantias. Na lista, h� gigantes como Petrobras, Shell e Total.