Em assembleias-gerais simult�neas realizadas na manh� de sexta-feira, dia 29, em todos os canteiros de obras da Usina Hidrel�trica de Belo Monte, no Par� - s�tios Pimental, Belo Monte, Canais e Diques, Bela Vista e as obras de infraestrutura da usina -, os trabalhadores decidiram encerrar a greve geral iniciada ter�a-feira. A paralisa��o teve como principal reivindica��o o reajuste salarial.
Para os cargos de supervisor e gerente, o aumento chega a 6,5%; reajuste de 12% na Participa��o nos Lucros e Resultados (PLR), de 25 horas/m�s para 28 horas/m�s; e reajuste de 25% a 30% no valor da cesta b�sica. Entre as reivindica��es atendidas, o Sintrapav/PA contabiliza tamb�m o recesso de 15 dias no fim de ano. Hoje existem 27 mil trabalhadores na usina. A rei vindica��o era de 15% de reajuste.
Grande parte dos oper�rios retomou sexta-feira, dia 29, as atividades e a expectativa � de que hoje 100% dos trabalhos voltem ao normal. Segundo Gobbo, ficou acertado que n�o haveria desconto caso os trabalhadores retornassem imediatamente ao trabalho. De acordo com o cons�rcio CCBM, as obras civis do empreendimento j� chegam a quase 50% do total.
Hist�rico de paralisa��es
A greve que durou tr�s dias e atingiu 100% as opera��es da usina foi a 17.ª paralisa��o enfrentada pelo empreendimento desde que come�ou ser erguido em junho de 2011. A Norte Energia, empresa respons�vel pela constru��o e opera��o da usina, estima preju�zo de R$ 12 milh�es por dia parado ou R$ 360 milh�es por m�s. Em abril, o Cons�rcio Construtor Belo Monte admitiu pela primeira vez que o cronograma pode ser afetado.
A greve ganhou ades�o aos poucos. No dia 9, os trabalhadores pararam as obras do S�tio Pimental. No dia 12, as obras foram paralisadas no s�tio Belo Monte. No dia 14, a Justi�a proibiu que os oper�rios bloqueassem o acesso ao s�tio Belo Monte. Para garantir o cumprimento da decis�o, a For�a Nacional foi convocada para refor�ar a seguran�a no local. A Pol�cia Militar tamb�m foi chamada. Na ter�a-feira, todos os trabalhadores haviam aderido � paralisa��o.