A ind�stria de ve�culos automotores, que acumula alta de 10,3% em 2013, teve queda de 3,1% em outubro, em rela��o a setembro, divulgou hoje (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), na Pesquisa Industrial Mensal. De acordo com o gerente da coordena��o de ind�stria do IBGE, Andr� Luiz Macedo, o resultado se deve a paralisa��es e f�rias coletivas concedidas pelas f�bricas para reduzir os estoques.
"Temos dados da Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores de que os carros estavam esperando em m�dia 40 dias nos estoques. Em outubro, as plantas [f�bricas] fizeram paralisa��es e concederam alguns dias de f�rias coletivas aos funcion�rios para reduzir esse tempo para cerca de 30 dias", explicou Macedo, que apesar disso destacou que h� "um crescimento disseminado" entre os ramos da ind�stria, j� que 21 dos 27 apresentaram expans�o da produ��o em outubro.
Apenas entre agosto e setembro, os ve�culos automotores j� haviam acumulado ganho de produ��o de 9,2%, alta que foi reduzida pelo resultado de outubro. Em contrapartida, em rela��o ao mesmo m�s do ano passado, o ramo teve alta de 2,4%.
O aumento dos estoques deve-se a fatores, que, segundo o coordenador, vem persistindo ao longo do ano, como o maior endividamento das fam�lias e maior comprometimento da renda com a infla��o. Outros ramos da ind�stria, como o farmac�utico, o t�xtil e o de m�quinas, aparelhos e materiais el�tricos tamb�m est�o com estoques elevados.
A queda da produ��o de ve�culos automotores puxou para baixo a categoria de bens de consumo dur�veis, que foi a �nica a apresentar retra��o na produ��o em compara��o com setembro, com queda de 0,6%.
Paralisa��es para manuten��o tamb�m afetaram a produ��o de outros produtos qu�micos, que caiu 2,2% em rela��o a setembro e subiu 1,4% em outubro de 2012. Nesse caso, segundo Macedo, as paralisa��es estavam agendadas e n�o t�m rela��o com estoques.
Com maior queda percentual na compara��o com setembro, de 5,9%, as bebidas acumulam em 2013 perdas de produ��o que chegam a 10,4%, concentradas justamente em seus componentes mais importantes: cerveja, chope e refrigerantes.
"Ao longo do ano de 2013, bebidas � uma atividade que vem tendo um comportamento bastante negativo, com rela��o direta ao aumento de pre�os e � diminui��o de renda dispon�vel por infla��o mais alta no setor de alimentos", explica Macedo.
O ramo que influenciou com mais for�a a alta da produ��o industrial foi o de edi��o, impress�o e reprodu��o de grava��es, com 13,1% de aumento. A explica��o para o f�lego do ramo � a baixa base de compara��o e os preparativos para o ano letivo de 2014, com a produ��o de livros did�ticos.
A ind�stria extrativa tamb�m se destacou positivamente, com alta de 2%, obtida com a redu��o de paradas na extra��o de petr�leo e g�s, que tamb�m beneficiou o setor de refino de petr�leo e produ��o de �lcool (+2,2%).