O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, salientou nesta ter�a-feira, 10, que a meta do BC para a infla��o � a definida pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN), de 4,5%. "� a que perseguimos e vamos continuar, ainda que em alguns momentos n�o tenha sido atingida. N�o tem nada de errado com essa meta, ela � alcan��vel", afirmou durante audi�ncia p�blica na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado.
Tombini afirmou que o BC nunca teve a vis�o de que um pouco mais de infla��o geraria um pouco mais de crescimento. A "tal da mudan�a da matriz macroecon�mica", segundo Tombini, n�o s� n�o faz parte do pensamento dos quadros do BC como tamb�m n�o est� presente nos discursos de "ningu�m com responsabilidade na �rea econ�mica da atual administra��o. "N�o h� trade off entre um pouquinho mais de infla��o com um pouquinho mais de crescimento porque � um ganho que n�o se materializa", considerou.
Ao ser questionado sobre as proje��es menores do Minist�rio da Fazenda para o crescimento da atividade econ�mica, Tombini disse que a estimativa do BC tamb�m foi revisada para baixo e que est� em 2,5% atualmente. Ele salientou, por�m, que uma nova expectativa dever� ser apresentada ao final deste m�s.
O BC atualiza seus progn�sticos no Relat�rio Trimestral de Infla��o, que ainda n�o tem data para ser divulgado.
C�mbio
O presidente do BC afirmou que n�o adianta dar competitividade ao setor produtivo com o c�mbio e retirar com a outra m�o por meio da infla��o. "O controle da infla��o � importante para que essa mudan�a no c�mbio, que � flutuante, n�o seja perdida, que seja duradoura."
Tombini disse ainda que, mais que taxa de juros, a disponibilidade de recursos para financiamentos de m�dio e longo prazo � importante para fomentar o investimento. Ele tamb�m citou dados sobre cr�dito, afirmando que 2014 ser� um ano melhor para essa �rea, como mostram os dados de redu��o do comprometimento da renda familiar e de queda da inadimpl�ncia.