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Estado de Minas

Cautela no consumo indica Natal 'morno'


postado em 13/12/2013 07:48

Cr�dito mais caro, volta da infla��o no varejo e a perda de vigor da massa salarial devem limitar o crescimento das vendas do Natal deste ano em 5%, segundo as proje��es da Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC). Com isso, a expans�o do volume de vendas esperada para este Natal ser� a menor desde 2004, quando o crescimento foi de 4,3%, observou o economista da CNC, F�bio Bentes, respons�vel pela proje��o.

Do lado do consumidor, as expectativas para a melhor data para o varejo realmente n�o s�o animadoras. Se depender dele, os gastos com presentes neste final de 2013 ser�o menores que em anos anteriores e chegar�o ao pior n�vel desde 2008, ano do in�cio da crise financeira global.

Al�m disso, com o cr�dito contido e mais caro, os produtos de maior valor, como eletroeletr�nicos, perdem espa�o para roupas e cal�ados, que custam menos, segundo estimativa da Funda��o Getulio Vargas (FGV) com base em dados da Sondagem do Consumidor de novembro.

O levantamento, obtido com exclusividade pelo Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, revela que o �nimo do consumidor para compras no Natal caiu 3,9% em rela��o a 2012, para 78 pontos. “O indicador mostra desacelera��o do consumo nesse per�odo natalino”, analisou a coordenadora da pesquisa, a economista Viviane Seda.

Segundo a pesquisa da FGV, 34,2% dos consumidores pretendem gastar menos do que no ano passado. Essa fatia � um pouco menor do que os 35,9% observados em 2012. Mas o resultado, que poderia ser interpretado como um sinal positivo, � pequeno perto do recuo mais intenso na parcela dos que pretendem gastar mais. Em 2012, eles eram 17,2% dos consumidores. Neste ano, eles s�o 12 2%.


Uma das evid�ncias de que o consumo anda perdendo vigor at� mesmo no per�odo natalino � que um n�mero muito maior de itens teve seus pre�os reduzidos ap�s a Black Friday deste ano em rela��o ao mesmo evento do ano passado.

Na quinta-feira, 12, depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) divulgar o resultado da Pesquisa Mensal de Com�rcio de outubro, com crescimento do volume de vendas de 0,2% na compara��o com setembro, a CNC decidiu manter a proje��o de outubro de aumento do volume de vendas de 5% para este Natal.

Infla��o

De acordo com Bentes, a estimativa do Natal, que come�ou em 4,5% em agosto, foi elevada para 4,8% em setembro e chegou a 5% em outubro, por causa do arrefecimento da infla��o no varejo. Mas desde outubro essa estimativa n�o foi alterada e continua mantida em 5% porque j� h� sinais de avan�o da infla��o no varejo.

“Os pre�os come�aram a subir”, observou Bentes. Em outubro, por exemplo, o deflator impl�cito da PMC, que � uma esp�cie de indicador da infla��o dos produtos comercializados no varejo, subiu 0,6%. Foi a maior alta registrada pelo indicador desde mar�o (0,7%), quando a infla��o estava acelerada.

Na an�lise de Bentes, a acelera��o da infla��o no �ltimo trimestre deste ano, j� sinalizada pelos �ndices que medem a varia��o dos pre�os no varejo dos produtos, � o principal fator que deve atrapalhar o Natal. Ele atribui essa press�o ao impacto defasado da alta do d�lar, ocorrida no primeiro semestre deste ano e que est� aparecendo agora nos pre�os dos produtos no varejo.

IPI e juros


Al�m da press�o inflacion�ria, o economista da CNC ressaltou o impacto negativo nas vendas deste final de ano em raz�o da volta gradual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de geladeira, fog�o, lavadora e carro popular em rela��o a dezembro do ano passado.

O imposto maior cobrado sobre esses itens encareceu esses produtos. “O IPI n�o � mais o mesmo”, lembrou o economista. Tamb�m os juros mais altos nas linhas de cr�dito ao consumidor funcionam como um breque nas vendas.

O �ltimo fator apontado pelo economista que deve tirar o brilho deste Natal � a perda de vigor da massa salarial. Em outubro, a massa salarial cresceu 1,4% em rela��o ao mesmo m�s de 2012, descontada a infla��o. Esse foi o pior resultado em dois anos.

Produtos

Diante desse cen�rio, os bens dur�veis e dependentes do cr�dito perdem espa�o neste Natal. Os eletroeletr�nicos s�o a op��o de 5 4% dos consumidores, enquanto os eletrodom�sticos aparecem como escolha de 0,5%, segundo a FGV. Em 2012, esses porcentuais eram de 7,5% e 0,6%, respectivamente. “Esses itens est�o com pre�o maior e dependem de prazo e de cr�dito, que n�o s�o favor�veis neste momento”, disse Viviane, da FGV.


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