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Estado de Minas ONDA POPULAR

Abertura de shoppings com boxes deixa lojistas descontentes por descaracterizar charme da Savassi

Clientes da regi�o aprovam a possibilidade de pre�os mais baixos


postado em 15/12/2013 06:00 / atualizado em 15/12/2013 07:19

(foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
(foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)

O com�rcio popular ganha corpo e avan�a sobre a Savassi. A expans�o, no entanto, incomoda lojistas tradicionais, que tentam recuperar a visibilidade da regi�o e transform�-la em uma sofisticada galeria de compras a c�u aberto. H� pouco mais de dois meses, a esquina da Avenida Get�lio Vargas com Rua Alagoas, no cora��o da Savassi, recebeu o Feira Show, espa�o que conta inclusive com um sal�o de beleza e uma loja de utens�lios dom�sticos no estilo “atacarejo”. O mais recente an�ncio, no entanto, � a inaugura��o do Xavantes Express marcada para amanh�, no antigo Cine Path�, na Avenida Crist�v�o Colombo.

Juntos, os dois empreendimentos inserem no mercado 97 lojas, com metragem de aproximadamente 4 metros quadrados cada uma e aluguel que varia de R$ 1,6 mil a R$ 3,5 mil, de acordo com o tamanho e localiza��o nos pr�dios. No Feira Show, inaugurado em outubro e que tem 55 lojas, a disponibilidade � de apenas 5% das unidades. J� o Xavantes Express ainda comercializa 40% de suas 42 unidades, al�m de prever uma duplica��o do espa�o com mais 50 lojas at� o Dia das M�es do ano que vem. O j� estabelecido Feira Shop, pioneiro na regi�o, conta com 123 boxes, a maioria deles com foco em vestu�rio feminino.

Propriet�rio de diversas lojas de utens�lios dom�sticos no Centro, o empres�rio C�sar Diniz aumentou o leque de atividades com a inaugura��o do Feira Show, que conta com franquia do Sal�o Socila e uma unidade do Magazine Diniz. O espa�o escolhido por ele foi o pr�dio que abrigou o Ponto Frio, na Savassi, e permaneceu fechado por alguns anos. “Percebemos que muitos clientes iam atr�s de op��es mais baratas no Centro e quisemos trazer isso para perto deles”, conta. “E hoje quem n�o oferecer pre�o barato e mercadorias popular n�o sobreviver� no varejo”, acrescenta.

A estudante Sabrina Barroso, que pelo menos uma vez por semana frequenta os shoppings populares da Savassi, concorda que independentemente da classe social as pessoas t�m dado prefer�ncia a itens de menor valor. “Roupas, por exemplo, a gente troca com frequ�ncia e por isso todo mundo tem procurado algo mais em conta”, diz. No entanto, ela lembra que embora a forma de vender seja popular, as mercadorias desses locais t�m se sofisticado. “Os pre�os j� foram mais atrativos. Agora, tanto as mercadorias quanto os valores est�o equiparados com os de shoppings comuns”, lembra.

Para Katerini Gomes, propriet�ria da loja Bise, que h� pouco abriu sua primeira unidade no Feira Show, entre as vantagens em rela��o a um estabelecimento comum est� o movimento trazido pelo conjunto de boxes e a oportunidade de conhecer um p�blico mais selecionado sem fazer grandes investimentos. “Como estamos estreando no mercado conseguimos fazer isso correndo menos riscos”, diz. A busca dos consumidores por pre�os mais baixos tamb�m ajuda a explicar o crescimento do com�rcio popular. “As pessoas t�m viajado mais e notam que os pre�os no Brasil s�o estratosf�ricos. Por isso, o consumo migrou e as classes A e B t�m dado valor ao que � barato”, argumenta a empres�ria.

Com ares de nobre De olho nesse p�blico que quer pre�os mais acess�veis, mas tem resist�ncia a ir ao Centro, o Shopping Xavantes anunciou um novo formato de empreendimento, o Xavantes Express, que tem menos unidades no mesmo espa�o e tem ares de shopping center. O local escolhido foi o pr�dio do antigo Cine Path�, tombado pelo patrim�nio e prometido para dar lugar a um novo espa�o cultural. O projeto, segundo o presidente do Xavantes, Leonardo Furman, foi viabilizado pelo dono do empreendimento, que queria dar “uma destina��o mais nobre ao espa�o e pela proposta do pr�prio Xavantes de ocupar um local de import�ncia na hist�ria de BH”.

A novidade, no entanto, n�o tem agradado a lojistas, que al�m de reclamar da populariza��o da Savassi e da invas�o de produtos chineses, se queixam tamb�m do uso dado ao Cine Path�. Para a presidente da Associa��o dos Lojistas da Savassi, Maria Auxiliadora Teixeira de Souza, o novo projeto � “incoerente, tendo por base o investimento p�blico de mais de R$ 14 milh�es na revitaliza��o do bairro”. “O surgimento dos shoppings descaracteriza o perfil da Savassi, que foi polo lan�ador de moda e ponto cultural. Se a prefeitura concede essas licita��es est� sendo incoerente com o investimento que fez na regi�o”, diz.

Em nota, o Sindilojas-BH questionou o projeto do Xavantes Express. De acordo com o comunicado, foram realizadas v�rias reuni�es entre a entidade e representantes do governo municipal para negociar a revitaliza��o do im�vel e sua integra��o ao novo conceito de centro comercial da Savassi. “A proposta � de que o pr�dio se torne uma conex�o entre o Circuito Cultural da Pra�a da Liberdade e a Savassi”, informou. Depois de contatos com a prefeitura, a expectativa agora � de que seja marcada uma nova reuni�o para alinhar informa��es sobre a retomada do projeto de revitaliza��o do pr�dio do antigo cinema.


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