O secret�rio da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, avaliou nesta segunda-feira, que recupera��o gradual da arrecada��o ao longo do ano est� ocorrendo, como previsto pelo governo Federal. "A curva de arrecada��o est� aderente. V�nhamos falando que haveria recupera��o paulatina da arrecada��o", disse Barreto. Ele se mostrou confiante com a recupera��o da atividade econ�mica e o seu impacto na arrecada��o de tributos federais.
Segundo o coordenador de Previs�o e An�lise da Receita Federal, Raimundo El�i de Carvalho, o crescimento de 11,62% da massa salarial de janeiro e novembro � o principal destaque a influenciar positivamente a arrecada��o. "O crescimento da massa salarial influencia a arrecada��o da receita previdenci�ria e do Imposto de Renda na fonte sobre o trabalho assalariado", afirmou.
A Receita Federal divulgou nesta segunda que a arrecada��o de impostos e contribui��es federais atingiu a marca recorde de R$ 112,517 bilh�es de novembro. Houve alta real (com corre��o da infla��o pelo IPCA) de 27,08% ante novembro de 2012 e de 10,81% ante outubro. Foi o melhor resultado para meses de novembro e a terceira maior arrecada��o mensal da hist�ria. No acumulado do ano at� novembro a arrecada��o soma R$ 1,019 trilh�o, uma alta real de 3,63% sobre o mesmo per�odo do ano passado.
Refis
Segundo Barreto, o crescimento da arrecada��o das receitas administradas de janeiro a novembro sem o Refis � de 1,83%. Se levado em conta o parcelamento especial de d�bitos, a alta da receita administrada � de 3,94%.
Ainda assim, Barreto afirmou que a Receita continua esperando crescimento de 2,5% no ano sem considerar a arrecada��o com o Refis. "At� o dia de hoje, mantemos a expectativa", afirmou. "A atividade econ�mica vem se recuperando e o contribuinte pode recolher algo que n�o tenha feito nos outros meses do ano", justificou.
Barreto afirmou que as medidas do Refis foram bastante eficazes. "N�o vejo risco de desist�ncia", disse. Ele acrescentou que o programa de parcelamento resolve lit�gios pendentes e melhora os fluxos de arrecada��o daqui para frente.
O secret�rio lembrou, ainda, que as empresas tamb�m resolvem lit�gios pendentes ao aderir ao Refis. "Para que as empresas tenham aderido, fizeram an�lise de risco de seus passivos e resolveram aderir ao parcelamento", disse, acrescentando que o Refis permite melhorar o ambiente de neg�cio para as empresas.
Otimismo com dezembro
O secret�rio da Receita Federal afirmou que o Fisco continua otimista em rela��o � arrecada��o do m�s de dezembro e que o resultado ser� maior do que o registrado em igual m�s de 2012. Segundo ele, o otimismo se deve aos indicadores econ�micos positivos e o fluxo gerado pelo parcelamento de d�vidas em atraso. "Estamos otimistas em rela��o ao que ocorreu em novembro", afirmou. Ele refor�ou que a Receita mant�m a previs�o de crescimento de 2,5% na arrecada��o este ano, desconsiderando o Refis.
O coordenador de Previs�o e An�lise da Receita, Raimundo El�i de Carvalho, afirmou que j� ocorreu em novembro e continuar� ocorrendo, por influ�ncia do Refis, recomposi��o de fluxo, que tende a aumentar a arrecada��o. Uma empresa que deixou de recolher Cofins e PIS no passado, ao aderir ao Refis e desistir de a��o judicial que envolve esses tributos, passar a recolher esses valores pendentes.