O cart�o de cr�dito respondeu por 83% das vendas a prazo em novembro, com uma ou mais parcelas, firmando a lideran�a dessa forma de pagamento sobre as demais, acima dos 79% de outubro, de acordo com pesquisa do Balan�o do Cr�dito do Com�rcio Varejista de Belo Horizonte, feita pelo Estudos Econ�micos da Fecom�rcio-MG, do dia 2 ao dia 6.
De acordo com a pesquisa, feita com 300 empres�rios de Belo Horizonte, no m�s de novembro o total das vendas a prazo correspondeu a 70%, �ndice igual ao m�s anterior. Entre os que usam o cart�o, o n�mero de parcelas entre tr�s e 10 representou 93% das opera��es e as compras de quatro e seis vezes, corresponderam, respectivamente, a 20,8% e 23,2%. Essa modalidade de compra sinaliza que os prazos estendidos absorvem consider�vel fatia da renda dos consumidores, prolongando o prazo para abatimento da d�vida.
Para o economista da Fecom�rcio-MG, Gabriel de Andrade Ivo, � ineg�vel que com a maior acessibilidade ao cr�dito nos �ltimos anos, este se torna a principal ferramenta de consumo e consequentemente tem a sua import�ncia nos neg�cios potencializada. "O poder de compra do consumidor na base da pir�mide social brasileira depende deste cr�dito, que por sua vez alavanca a economia".
J� as compras com cheque pr�-datado, devido ao risco da opera��o, apresentaram recuo de 2% em rela��o a outubro, representando 10% em novembro. Os empres�rios entrevistados afirmaram que preferem utilizar o cart�o como instrumento de financiamento para evitar a inadimpl�ncia, mesmo com as altas taxas que giram em torno de 4% sobre a opera��o e tipo de neg�cio.
H� n�tida prefer�ncia dos consumidores para os meios eletr�nicos como forma de parcelamento, respons�veis por 89% das transa��es. Muitas vezes estimuladas pelos lojistas, em especial pela agilidade dos processos de compra. Para o economista da Fecom�rcio-MG, o aumento do uso do cart�o � uma resposta � evolu��o cultural e tecnol�gica dos processos de compra e venda exigidas pelo mercado, o consumidor est� mais adepto aos bancos e ao mundo digital, al�m do favor�vel ambiente de estabilidade monet�ria.
Se por um lado o cart�o de cr�dito vem ganhando espa�o, o aceite do cheque vem registrando recuo, o que pode ser explicado pelo risco da opera��o. J� a op��o pelo cheque pode fortalecer o capital de giro no curto prazo e evitar o peso das taxas cobradas pelas administradoras de cart�o. O aceite do cheque pelo com�rcio varejista, em outubro, ficou em 11,6%, resultado abaixo do apresentado no m�s anterior (15,3%). Evitar o aceite de cheques � a a��o mais comum no com�rcio, l�der com 85% das respostas e outras a��es inerentes, como o uso do cadastro de clientes (10%).
Parcelamento e prazo
No parcelamento com cart�es, os prazos praticados concentram-se entre 3 a 10 parcelas, respons�veis por 93% das opera��es realizadas. As maiores concentra��es est�o no parcelamento de 6 vezes (23,2%) e 4 vezes (20,8%). Isso sinaliza que prazos mais dilatados absorvem parcela da renda das pessoas, prolongando o comprometimento com divida. Indicativo relevante para o com�rcio varejista.
Segundo Gabriel de Andrade Ivo, o prazo tem apelo forte no processo de decis�o, ao acomodar o pre�o na renda, independente do valor do produto. Al�m do foco em fortalecer o faturamento com cart�es com vistas a obter benef�cios de negocia��o junto �s adquirentes, neste novo modelo de maior competi��o.