O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta quarta-feira, 18, esperar um crescimento na atividade econ�mica do Pa�s no quarto trimestre de 2013. No terceiro trimestre o PIB brasileiro recuou 0,5%, em rela��o ao trimestre imediatamente anterior.
"Nossa expectativa � de crescimento no trimestre, recuperando e ajudando a fechar o ano com bom resultado, e nos preparando para 2014", afirmou Coutinho, durante a divulga��o dos resultados preliminares do desempenho do banco em 2013. Pelos dados, o BNDES desembolsou R$ 190 bilh�es em empr�stimos em 2013, um crescimento de 22% em rela��o a 2012.
Coutinho ressaltou que o cen�rio externo est� mais favor�vel �s exporta��es brasileiras, assim como as novas condi��es de c�mbio. O presidente do banco de fomento mencionou ainda o sucesso dos leil�es de concess�es, que favorecem novos investimentos.
"Quero sublinhar o sucesso dos leil�es de concess�es. Os leil�es j� totalizam investimentos adicionais em 2013 de cerca de R$ 31 bilh�es. Sem falar em Libra, que ter� impacto de uma d�cada inteira", ressaltou ele.
Na avalia��o de Coutinho, a ind�stria de transforma��o teve o desempenho afetado em 2011 e 2012 tanto pela crise europeia quanto pelo processo de ajuste de estoques. "Voc� formou estoques industriais, e a produ��o industrial, para digerir o estoque, andou muito devagar. Quando o processo se completou, a ind�stria voltou a crescer, mas de forma oscilante. Mas, embora oscilante, h� tend�ncia de melhora.
O presidente do banco de fomento apontou que houve recupera��o do consumo aparente de bens de capital no Pa�s, o que tem se traduzido em crescimento da ind�stria. "O setor de bens de capital tem se revelado um dos principais puxadores do crescimento industrial em 2013. O que � fato positivo, � crescimento muito mais puxado pelo investimento que pelo consumo", lembrou.
Retomada em 2014
O presidente do BNDES afirmou que o governo tomou medidas de ajuste da pol�tica fiscal, e que o banco est� colaborando. "N�s vamos contribuir nessa medida, moderando a escala dos desembolsos do BNDES em 2014", completou. "Isso significa que v�rias das ferramentas antic�clicas usadas j� est�o sendo removidas", acrescentou.
A redu��o nas aprova��es do banco j� vai se refletir em uma queda nos desembolsos do BNDES no ano que vem, apontou Coutinho. As aprova��es tiveram recuo de 14% em 2013, em rela��o a 2012. "J� � uma indica��o inequ�voca que vamos moderar a nossa escala de atividade. Esperamos que o mercado privado ajude a financiar o investimento, que � outro componente importante olhado pelas ag�ncias de rating, que � o crescimento do investimento e da economia", lembrou Coutinho.
Apesar da previs�o de redu��o de desembolsos, Coutinho acredita que a ind�stria brasileira deva crescer pelo menos 2,5% no ano que vem. Segundo ele, h� um ambiente mais favor�vel para o setor industrial. A inadimpl�ncia em queda favorece a retomada do cr�dito privado, as novas condi��es do c�mbio ajudam as exporta��es industriais, e os sucessos dos leil�es favorecem a cadeia produtiva e as expectativas de longo prazo.
"Esperamos que a ind�stria tenha um desempenho razo�vel", previu o presidente do BNDES. "(Esperamos) Um crescimento de pelo menos 2,5% para 2014, para ser cauteloso", acrescentou. Coutinho ressaltou que a ind�stria extrativa tamb�m deve mostrar recupera��o em 2014, especialmente na extra��o de petr�leo.