A economia brasileira dever� crescer menos em 2014, divulgou hoje (19) a Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI). Segundo o Informe Conjuntural Anual, estudo da entidade com previs�es sobre a economia, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2,1% no pr�ximo ano, contra 2,4% em 2013.
As previs�es s�o mais baixas que as do governo. O Minist�rio da Fazenda prev� crescimento de 2,5% do PIB em 2013. O Or�amento Geral da Uni�o de 2014, aprovado ontem (18) pelo Congresso, projeta expans�o de 3,8% para o pr�ximo ano.
A ind�stria deve acelerar no pr�ximo ano, mas ainda vai registrar baixas taxas de crescimento. De acordo com a entidade, o PIB industrial, que mede a produ��o da ind�stria, subir� 2% em 2014, contra 1,4% neste ano. “Ainda n�o ser� em 2014 que iremos observar uma retomada da lideran�a da ind�stria no processo de crescimento”, avaliou o estudo da CNI
Segundo o estudo, a queda do ritmo de crescimento do PIB ser� provocada pela desacelera��o dos investimentos, que devem subir 5% em 2014, contra 7,1% previstos para este ano. De acordo com a CNI, os investimentos crescer�o menos no pr�ximo ano por causa do aumento dos juros e do baixo n�vel de confian�a dos empres�rios.
De acordo com a entidade, as dificuldades estruturais em retomar um crescimento mais vigoroso permanecer�o no pr�ximo ano. “Persistem na economia distor��es que encarecem os projetos de investimento e desestimulam as decis�es empresariais. A eleva��o nos juros � um complicador adicional nesse cen�rio”, ressaltou o estudo da CNI. Entre os principais riscos para a economia brasileira, o estudo cita a infla��o e o pr�prio calend�rio eleitoral. Este �ltimo, segundo o estudo, desestimula a tomada de decis�es.
A entidade tamb�m prev� infla��o maior em 2014. De acordo com o estudo, o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) dever� fechar o pr�ximo ano em 6%, acima da previs�o de 5,7% para este ano. Segundo a CNI, o fim dos efeitos redutores sobre os pre�os dos servi�os p�blicos, o d�lar mais alto e a in�rcia dos pre�os dos servi�os puxar�o a infla��o para cima.
Para a CNI, o aumento da infla��o ocorrer� mesmo com o aumento dos juros b�sicos pelo Banco Central. A entidade projeta que a taxa Selic (juros b�sicos da Economia) encerrar� o pr�ximo ano em 10,5% ao ano, contra 10% previstos para o fim de 2013. A CNI projeta que o d�lar chegar� ao fim de 2013 em R$ 2,36 e subir� para R$ 2,45 no fim de 2014.
Apesar do compromisso do governo em elevar a meta fiscal para o pr�ximo ano, a CNI projeta que o super�vit prim�rio (economia de recursos para pagar os juros da d�vida p�blica) cair� de 1,9% do PIB em 2013 para 1,4% em 2014 por causa principalmente do aumento de gastos em ano eleitoral. Os n�meros referem-se ao Governo Central (Tesouro Nacional, Previd�ncia Social e Banco Central). Mesmo com as despesas maiores, a d�vida p�blica dever� encerrar o pr�ximo ano em 33,9% do PIB, no mesmo n�vel de 2013.
O �nico indicador a apresentar melhora significativa no pr�ximo ano, segundo a CNI, ser� o saldo da balan�a comercial (diferen�a entre exporta��es e importa��es). Para a entidade, o super�vit da balan�a corresponder� a US$ 9 bilh�es no pr�ximo ano, contra saldo positivo de US$ 700 milh�es projetados para 2013. As exporta��es subir�o de US$ 239,4 bilh�es para US$ 249 bilh�es. Segundo a CNI, o d�lar mais caro estimular� as vendas externas no ano que vem.
Edi��o: Jos� Romildo