Para a Associa��o Brasileira de Distribuidores de Energia El�trica (Abradee), em 2014, o Tesouro Nacional ter� de fazer aporte similar ao feito em 2013, de R$ 9,6 bilh�es, para evitar que o consumidor arque com um reajuste at� 13 pontos percentuais acima do que ser� autorizado para 2014. O reajuste anual da tarifa tem como base o �ndice de infla��o (cerca de 6%, em 2013), os custos operacionais do servi�o e a compra de energia vinculada a contratos j� existentes.
“Em 2013, as tarifas ficaram em patamar razo�vel porque houve o aporte do Tesouro. Se n�o tivesse o Decreto 7.945, que possibilitou um aporte de R$ 9,6 bilh�es, os reajustes teriam sido no m�nimo 10 pontos percentuais a mais. Para 2014, a situa��o � similar e, portanto, pode-se seguir o mesmo racioc�nio: se n�o houver solu��o para a quest�o, o efeito do reajuste pode ter incremento de at� 13 pontos percentuais, sem contar com os cerca de 6% de infla��o”, disse hoje (19) o presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite.
Segundo a entidade, o cen�rio de impacto financeiro para 2014, influenciado pelos resultados do Leil�o A-1 feito no �ltimo dia 17, e pela n�o implementa��o do sistema de bandeiras tarif�rias – que permitiria repasses imediatos para o consumidor, dos aumentos do custo de energia para as empresas –, pode causar efeitos no plano de investimentos das distribuidoras de energia, podendo comprometer o cumprimento, no prazo, das obriga��es contratuais do setor.
No leil�o de gera��o A-1 foram contratados 2.571 megawatts (MW) m�dios, a partir de empreendimentos de energia hidrel�trica e termel�trica j� existentes. “O A-1 cobriu apenas 40% das necessidades das distribuidoras. E n�o havendo compensa��o do governo, haver� reajuste para compensar o problema financeiro de giro de caixa. N�o conseguimos gerar caixa suficiente”, acrescentou o diretor da Abradee, Marcos Delgado.