O diretor de Pol�tica Econ�mica do Banco Central, Carlos Hamilton Ara�jo, afirmou nesta sexta-feira, 20, que as estimativas da institui��o para o IPCA at� 2015 n�o est�o apontando uma infla��o convergindo para a meta, mas que isso n�o significa que alcan�ar esse objetivo seja imposs�vel. "A converg�ncia � um evento poss�vel. De acordo com as nossas proje��es, o cen�rio mais prov�vel n�o aponta isso. O que n�o implica que n�o seja poss�vel."
As proje��es da institui��o mostram infla��o de at� 5,4% em 2015 mas o quadro pode ser tornar mais benigno na medida em que a economia for dando resposta �s a��es j� tomadas de pol�tica monet�ria. "Entendo que esse quadro pode sim mudar para melhor", afirmou, lembrando que a taxa Selic j� subiu 2,75 pontos porcentuais e que "o BC vai permanecer de olho no combate � infla��o".
Questionado sobre o prazo para converg�ncia da infla��o para o centro da meta, Hamilton afirmou: "Vamos aguardar. Por hora, nosso cen�rio n�o contempla isso".
Ele destacou, durante a divulga��o do Relat�rio de Infla��o, em Bras�lia, que a institui��o faz proje��es considerando hip�teses e que "proje��o n�o � promessa, � proje��o". Segundo Hamilton, existe uma distribui��o de probabilidade por tr�s do n�mero apresentado como cen�rio central.
Sobre o balan�o de risco para os pre�os, o diretor citou press�es de pre�os de sal�rios e repasse do c�mbio, como fatores de alta, e, no sentido contr�rio, "as a��es do BC".
Megaeventos
O diretor do BC disse tamb�m que os megaeventos esportivos s�o "ligeiramente inflacion�rios", ao analisar o poss�vel impacto destes grandes eventos sobre a din�mica de pre�os. "As evid�ncias indicam que, de 2007 a 2017, esses megaeventos devem gerar no Brasil um impacto de 2 pontos porcentuais", disse.